Os sonhos que ficaram
Não puderam transparecer
Ficaram ao vento no completo amanhecer
Ilusões polidas que se perderam no ocaso
Não concluídas bloqueadas, interrompidas
Meras fantasias desiludidas
Anos perdidos iludidos
Alusivos neste sistema falido
Aonde o alvorecer é sempre esquecido
Luz da minha vida
Guia os meus passos
Enaltece o meu ser
Diante de tanta ironia
Nós queremos é crescer
Sonhos esquecidos
Embutidos que não tiveram chance de aparecer
Com o tempo foram moldados
Entranhados e permanecem a se esconder.
Natal, 14 de maio de 1993.
Margarida Cabral
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