Eu nunca poderei ter me dito
Jamais serei esquecido
No tênue caminhar
Quanta solidez
Cavalgada pelo destino
Não consigo desarticular
Do cotidiano inequívoco
Dos impulsos traídos
Na beira do caminhar
Das lembranças oriundas
Do mais eterno esquecimento
Quanto lamento
Não adianta relembrar
O tempo passou
Entre os dedos ficou a estrutura enaltecida do olhar
Tão longínquo que só me resta esperar
Do tempo fluído que transborda ao alvorecer
Às vezes sem êxito na busca de um olhar
Margarida Cabral
Margarida Cabral
Linda poesia!
ResponderExcluir