segunda-feira, 12 de março de 2012

SILÊNCIO


Silêncio 



Silenciar  em teu íntimo
O amor que aflora em teu ser
Cala-te diante da incerteza do tão sonhado sentimento
Que desabrocha  em teu seio  adormecido de sonhos
De ilusão
De paixão
De saudade
De renúncia
De fuga
De solidão
De olhar perdido no entardecer buscando o amanhecer
De esperanças que ficam albergadas
Esperando o momento de ressurgir
Das sombras do ocaso
Entre folhagem encoberta  pela   poeira do tempo
Que se firmam na terra em busca de alguma fantasia
Para brotar novamente a paixão sem ventania
Do silêncio do tempo que se perdeu ao relento
Sem guardar as migalhas exauridas
Fica a te calar
Se conformando  com  silêncio do coração...

Margarida Cabral

Nenhum comentário:

Postar um comentário