segunda-feira, 19 de março de 2012

RECORDAÇÃO


Como é bom ter este tempo
Este credo...
Este açoite que invade nossa alcova, nossa casa
Tendo confiança no seu eu que refloresce no tempo
Que ressoa...
Que definha em broto de amor
Árida terra a se fertilizar
Jardim sem fim
Que se perde no horizonte
Da visão inequívoca
Do solo de paixão
Que arrebenta o vento
Sem enganação
Sem atrela-se ao momento
Nem tão pouco regurgita o paraíso de amor
Sem contradizer o tempo exaurido que passou


Margarida Cabral

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Olhar interior