sexta-feira, 26 de abril de 2024

Chuvisco cristalino



Chuvisco cristalino 


Se acredite 

Se acalme

Se veja

Se sinta

Se ame

A relevância do tempo chega ao ser 

Não têm tempo determinado 

Podendo chegar com os chuviscos da chuva 

Que vai arando a terra do coração 

Drenando as veias em terras férteis 

Para brotarem flores 

De nuances verdadeiras com terminações aveludadas 

O caminhar no canteiro do tempo traz firmeza 

Dando solicitude aos sentidos 

Com sua névoa de cristal 

No esperançar de cada florescer 

Renovando ideias na busca do bendizer 

Através do rabisco de cada manhã 

Com o espelhar do sol 

Trazendo energia e melodias esperançosas 

Avivando o córrego do viver 

Em consonância com o mar de nossa existência

Com aquele cochilo no cotejo da chuva 

Respingo, pingo a molhar 

Neblina ao luar

Encanto do tempo 

A incendiar 

Pássaros a cantarolar 

No bater de tuas asas banho de chuva tomar


Margarida Cabral 















 

 

quarta-feira, 17 de abril de 2024

Fragmentos


 Fragmentos 


Pedaços soltos a desprender-se do solo 

São pequenas fagulhas que aos poucos clareiam a gruta do coração 

Aguçando os desejos 

Movendo os sentidos 

Embriagados de emoções 

Que ficaram inertes e voltam a florescer 

Na cortina da manhã abre -se  com ventura

Com a  benquerença da formosura 

Segue relampejano no céu cristalino 

Fazendo do céu um carrossel 

Chuvas que molham o solo peregrino 

Reflorestando o verde no sertão 

Dando uma trégua ao estio

Dos ventos revoltos 

Chegando a calmaria ao chão 


Margarida Cabral  


sexta-feira, 12 de abril de 2024

Inovação


 Inovação 



Não se canse de você 

Vista-se  de contentamento com prazer

De saí pra rua

Enamore a lua

Sinta na pele o ardor do sol

No lumiar de cada dia renove o olhar 

Com cores flutuantes que faça uma andança no coração 

Pinte o corpo e alinde a alma 

Fazendo cintilar o tempo 

Sinta a leveza do repensar 

Na mistura de cores 

Que vai evoluindo com os sentimentos adormecidos 

E desperta com o arco-íris enfurecido 

Dando renovação as vestes do caminho 

Que a vertigem do tempo seja o ancoradouro 

De boas escolhas 

De boas-vindas 

Que o relapejo do dia sirva de luminosidade ao anoitecer

E assim vista-se de você 



Margarida Cabral