terça-feira, 28 de dezembro de 2021

Enredo do tempo


 Enredo do tempo 


Luz do dia a penetrar na alma 
Fazendo arruaça no coração
Transpira  desejo quanta euforia 
Na nascente do leito do rio que corta o coração 
Trazendo melodias esperançosas 
Dando sustentação as veias e artérias 
No alimentar de  ternura e alegria 
Renovando as aspirações do olhar 
Que de vez em quando se perdia ao vento 
Mas com o acalmar da ventania se faz  acreditar 
Na benevolência de cada dia 
No límpido azul do céu 
Na nebulosidade da noite 
No lumiar do sol a cada manhã 
Se põe de pé e sai por aí 
Traçando trilha de ventura 

Margarida Cabral 

terça-feira, 21 de dezembro de 2021

Simplicidade


 Simplicidade 



Se acha 
Se ver
Se agita
Se queima
Será você 
Do agito do dia 
Da calma da noite
Da suavidade do luar
Da chama acesa dos raios de sol
Será você 
A se deliciar com o entardecer 
Na espera do suspiro do anoitecer 
Será você 
Que adormece  sem agonia 
No aconchego do cobertor 
Com os olhos de paixão 
Será você 
Que desperta pela manhã agradecendo ao Senhor 
Por fertilizar  a essência do viver

Margarida Cabral 

sábado, 18 de dezembro de 2021

Calor do tempo


 Calor do tempo 



Na leveza do dia
Com seu clarão a sublinhar o tempo
Das noites quentes de verão 
Acalento de um sorriso de paixão 
Que toma conta de sua nuance 
Suavizando o semblante do coração 
Da caminhada corriqueira 
Que não se avexe  não 
Uma passada aqui outra acolá 
Tudo tem seu tempo  de chegar 
Dá um mergulho na aurora do tempo 
Despertando o renascer de cada manhã 
Com folhagem nova encoberta  por pingo de orvalho 
Na esperteza do leque da vida se abrir pra você 
Desvendado caminhos de amor e felicidade 
Dando espiritualidade ao viver 

Margarida Cabral 










segunda-feira, 6 de dezembro de 2021

Luminosidade


 Luminosidade 


Olhar longínquo além do horizonte 
Chama acessa no firmamento 
Sutileza que navega pelo ar
Cânticos que ecoam além  dos montes 
No delírio da paixão 
Sobrevoando o agitado coração 
Ao despertar a cada dia vai seguindo seu tino
Na calma do tempo  levanta os olhos por um momento 
Agradecendo a Jesus pelos passos dados e alcançados 
Na grandeza de acreditar 
Que existem caminhos luminosos 
Na estrada da vida tão preenchida por caminhos 
Que são esculpidos por cautelosos rios dando continuidade ao viver
Favorecendo ao cultivo interior que brota em forma  de amor

Margarida Cabral 






sábado, 27 de novembro de 2021

Simples


 Simples 


Simples assim 
Na escala do vento 
Não te apavore 
Segue...
Caminhas com os pé descalços 
A se deliciar com as passagens 
Com o colorido  do campo às vezes verdejantes e outros não 
De salto alto e enfadonho 
Escale a montanha da vida degrau por degrau 
Sinta o contagiante viver 
De pétalas de risos ... a essência das rosas inale seu perfume 
Deixe o bálsamo da vida passar por você 
Mergulhe no mar de  sonhos 
Quantas histórias tens pra contar 
De alegria 
De reflexão 
De amor
Se detenha em cada estação e saborei o viver com plenitude 

Margarida Cabral 







sábado, 20 de novembro de 2021

Jardim


 Jardim


No jardim dos sonhos teu nome escrevi
Com letras grandes e sombreadas 
Ativei  o riso no solar encantado 
No deslize de cada manhã tudo era renovação 
No encanto dos  sonhos tudo era imaginação 
Do tempo vivido
Do tempo passado
Do tempo não explorado 
Na caminhada no jardim da casa de taipa
Que aos poucos foi pintada 
Com clareza e motivação 
Das paredes caiadas com as tintas do coração 
Num branco reluzente com tanta satisfação 
Que foram somadas as flores que brotavam no canteiro 
Pura renovação 
No jardim da casa era um florido sem igual 
Tinha de cravos a carmélias 
Desabrochando num tempo só 
Dando vida ao olhar do mais destraido observador 
Com o passar do tempo fui criando gosto do jardim em forma de flor
Que o meu coração se encantou 


Margarida Cabral 





É logo ali

É logo ali 





O desconto do tempo  
Na frivolidade  do dia
Tantas coisas se anunciam
Na benevolência do bem querer 
No comodismo de cada um
Na agitação de outros
É logo ali
Que raiou o dia de alegria 
Sem máscara ou fantasia 
Tantas coisas a saborear 
É logo ali 
Que a rua continua para um novo despertar 
Com pessoas a passar 
Na neblina da chuva tentando saciar a sede 
Continuam a caminhada 
É logo ali 
Quando os olhares se encontram 
Os amores acontecem 
E a vida resplandece
E os fitos e ditos se pronunciam 


Margarida Cabral 






 

quarta-feira, 10 de novembro de 2021

Olhar

Olhar


Ensaio do tempo 
Vai chegando sem  avisar 
Dar uma espiada na memória 
Quanta  coisa falta pra juntar 
Pego um retalho aqui outro acolá 
São retalhos do tempo 
Que o vento não consegue apagar 
Das entrelinhas  dos sentidos 
Tudo volta a se transformar 
No caminhar de cada dia
Na lareira acesa do coração 
No silêncio que percorre noite afora
Do clariar do dia que ilumina cada manhã 
Da crença aveludada 
Do riso transformador que caminha a cada estação 
Como se fosse um arco-íris de flores 
Da cascata que jorra gotículas de esperança ao viver 

Margarida Cabral 


 

quarta-feira, 3 de novembro de 2021

Desejo

Desejo 



Tempo sereno que passa tão  veloz
Na angústia do dia quando olho já se foi
No espelhar do tempo vivo cada momento 
Na selecitude do olhar
Tento chegar 
No aguçar de cada dia
Tento redesenhar cada passagem
Refletindo na memória o que há de bom
Do dia passado 
Do sorriso bem humorado 
Da vertigem de cada manhã 
Da tarde encoberta de esperança 
Da noite aconchegante ao cobertor
Tudo se transforma num dilúvio de flor
Cada pétala que cai traduz um desejo 
Que agita o coração 
Seja de ternura ou paixão 
No avanço do tempo 
Na escada da vida
Que suspira por amor
Embalando teus sonhos na rede do coração 

Margarida Cabral 


  

 

segunda-feira, 25 de outubro de 2021

Afago


 Afago


Traço o caminho 
Sem preocupação 
Na leveza do instante 
Sem dilema ou comoção 
Arrebito pela estrada
Sem temor da enxurrada 
Livre, leve, ligeira 
Afago do tempo 
Que trace a memória do momento 
No deslize do vento 
Segue tua caminhada 
Na luz do dia com tanta clareza 
Que lumia cada passada 
No retalhar dos afagos 
Liberdade  sentida a cada instante 
Da noite que se anuncia 
Na caminhada de um novo dia
Dando evasão aos sentidos 
Que recaia num novo recomeçar 

Margarida Cabral 








terça-feira, 19 de outubro de 2021

Alma


 Alma



Calo, falo ao ouvido na ausculta do coração 
No sublime silêncio da alma
Que vai acalmando o  peito na suavidade da noite
Acariciado o dia com devoção 
Dando boas-vindas ao despertar 
Canto  do tempo  que enxuga a lágrima 
Na vertigem do ancoradouro 
Faz a realeza do tempo nos fortalecer 
Desfrute  da essência que se aloca em você 
Transborde a leveza do seu eu
Amadureça por dentro 
Enalteça o viver 
Na embriaguez do momento 
Se vista de você 
Troque a roupa do corpo pela luz da alma
Abrindo caminhos dando eloquência ao viver


Margarida Cabral 




domingo, 10 de outubro de 2021

Aquele olhar


 Aquele olhar 



Que espiou a ladeira 
Desceu de costas na cadeira
E subiu com pé só  a escada
Da vez passada 
Do momento 
Do até logo
Do agito do agora 
Olhar o horizonte rua afora
Até enxergar aquela imagem 
Que só se via de passagem 
Até então admirar 
No seu azul aveludado de nuances em vários tons
Que pra você  se torna bonita 
Na ousadia do enxergar de perto 
Dando impulso ao coração 
Na simplicidade da ilusão 
Ver a veste do tempo passar 
No contentamento do olhar

Margarida Cabral  





quinta-feira, 7 de outubro de 2021

Mágico olhar


 Mágico olhar 




O olhar da janela 
Que acomete o meu ser 
São dádivas da vida
Que tento entender 
No disfarce do rosto
Coberto de ilusão
De boa ventura
Traço cada passagem 
Com magia
Cheia de enfeites
Que pode ser um pequeno jarro 
Transbordado de flor
Abrindo um sorriso cheio de amor
Vou curtindo a estrada da vida seja como for
No trapézio do tempo 
Procuro encontrar uma maneira de caminhar 
Às vezes transparece como uma ponte de algodão 
Outras uma fortaleza feito um botão 
Na escala da vida vou criando cada passada
Do brilho do sol a coroar o pensar 
Sem se perder da magia do olhar 






segunda-feira, 27 de setembro de 2021

Ensaio


 Ensaio




Tranquilidade que sinto
Da transparência do rio
No trêmulo debruço do barco que faz ancorada 
Das vestes molhadas ...
Que ficaram encharcadas com o desdém do tempo 
Ensaio que dar continuidade ao livre pensar
De letras que se agregam as palavras
Dando explicações aos motivos 
Do  silêncio ...
Da lágrima que  desliza sobre o rosto
Do não querer na realidade do momento 
Desejo fantasiar o tempo com passadas aleatórias 
De alegria... eufórica  do deslize da ventania 
Trapaças tento criar querendo um refúgio 
De reflexão 
Que tudo passa
A alegria volta 
O retorno do sorriso a enfeitar o rosto
Que se encaramelou com risos verdadeiros
Fazendo o redemoinho do tempo acreditar que a vida é um ensaio de valores 
E a cada dia só queremos é recomeçar 

Margarida Cabral 










sexta-feira, 24 de setembro de 2021

Tempo


Tempo


Tempo do compasso 
Sinto  passar 
Na estrada da vida
Delineando cada passagem 
De sonhos verdadeiros 
Labutado com ardor 
Do sorriso cativante 
Que pareceram perdidos no oásis do tempo 
Na calha da caminhada revigora o viver
Do não mensurar os momentos 
Dando liberdade e sentido a cada dia
Sem dar   relevância ao relógio 
Que continua a passar
Vivenciando os momentos 
Com lucidez sem se prender 
No  dia...
Da noite ...
Da madrugada acesa
Do amanhecer luminoso 
No vibrar de cada dia
Na continuidade do viver
Buscando uma flor no jardim 
Que parecia adormecida
No lugarejo do coração 
Dando luminosidade aos dias de verão 


Margarida Cabral 










terça-feira, 21 de setembro de 2021

Esperança


 Esperança 



Se sentir solidão ao entardecer 
Dar uma olhada no por do sol 
Quanto energia tem a oferecer 
E você ali com os olhos a lacrimejar 
Dar uma olhada na lua
Sinta o teu luminar 
São acordes que iluminam o coração 
Com  raio de esperança
Que vão  fazendo um dengo na alma
Até ir se juntando ao corpo 
No caminhar sem cansaço 
Soletrando o esperançar do viver em cada passagem 
De construção 
Do nunca desistir
Da estimulação no viver 
No acreditar que tudo passa feito ventania 
De olhar pro céu e dizer Deus está presente na minha vida


Margarida Cabral 







 
 

sexta-feira, 17 de setembro de 2021

Pilares


 Pilares




Solo que piso não só por pisar 
São pegadas verdadeiras a desbravar 
Na luz da aventura 
No túnel...na rua escura 
Que vai clareando a cada amanhecer 
Na gota do orvalho 
Fazendo cada dia renascer 
Que fica a girar 
No alto do penhasco de tantas tentativas 
Lanço o pensar entre cordas
Galgando cada letra no bolero de rochas 
Renovador...
Do dançar de palavras 
Na acuidade do vento
Que sopra as cordas do momento 
Saltitante ...
Um resmungue aqui outro acolá 
Segura sem se deixar cair 
Das mãos que foram somadas 
No atiçar do companheiro amigo e  irmão 
Quanta ternura dos altos montes 
Elos entendidos na planície verdejante 
Do princípio do coração 
Que não se faz de mudo  
Solta palavras calientes 
Chegando ao terno ouvidor
Diante de tantas escaladas 
A caminhada galgou 
Vencedor...
E ao topo chegou


Margarida Cabral 








quarta-feira, 15 de setembro de 2021

Véu do tempo


 Véu do tempo 



Aspiro o floral das rosas
Nativas  ...exalo o perfume no brotar da flor
Na fineza do canteiro
Que fica a se lumiar pelo candieiro 
No desabrochar de cada flor
De pétalas brancas  até  azuis norteando a paz
Que está dentro de si
Na transparência do outro
Que se enche de gostos
Se deixando colorir por qualquer cor
Pra se fazer notar
Espalhando o amor
No véu do tempo 
De tecidos finos a se evaporar 
Nas tintas do ocaso colorido com pincéis 
Chegando com a aquarela cambiante ao coração 

Margarida Cabral 





segunda-feira, 13 de setembro de 2021

Lago

Lago

Sinto pedras pela caminhada 
Que deslizam pelas ruas
Que as vezes parecem nuas
Sem agasalho do dia e as vestes da noite
Se despindo de amor
Ao longo do lago a colorir o anoitecer 
Citilando a água azul com a luz da lua
Restam gotas de esperança 
A refletir na beira da estrada 
Na estampa dos desejos e crença do coração 
Abre-se um sorriso de contentamento 
Da pisada do tempo 
Que bate sem tormenta 
No campo da espreita da alma 
Que desencanto...
Do sublime caminhar 
Dando espiritualidade ao viver 


Margarida  Cabral 






 

domingo, 12 de setembro de 2021

Ensaio


 Ensaio



Tranquilidade que sinto
Da transparência do rio
No trêmulo debruço do barco que faz ancorada 
Das vestes molhadas ...
Que ficaram encharcadas com o desdém do tempo 
Ensaio que dar continuidade ao livre pensar
De letras que se agregam as palavras
Dando explicações aos motivos 
Do  silêncio ...
Da lágrima que  desliza sobre o rosto
Do não querer na realidade do momento 
Desejo fantasiar o tempo com passadas aleatórias 
De alegria... eufórica  do deslize da ventania 
Trapaças tento criar querendo um refúgio 
De reflexão 
Que tudo passa
A alegria volta 
O retorno do sorriso a enfeitar o rosto
Que se encaramelou com risos verdadeiros
Fazendo o redemoinho do tempo acreditar que a vida é um ensaio de valores 
E a cada dia só queremos é recomeçar 

Margarida Cabral 






quinta-feira, 9 de setembro de 2021

Recanto


 

Recanto 


Manso tempo  que me acompanha 
Faz respirar 
Ao vento
Tento
Colorir o céu com tintas verdadeiras 
Que possam me fazer acreditar de alguma maneira 
Na força de um ser maior
Que preencham frestas de anseios 
No largo do peito
Que tem horas que fica até sem jeito 
Com asilo da dor
Que se espalha como um dilúvio 
Até enxergar a ternura da flor
Olho a estrada distante na rampa do meu pensar
Sinto sibilos... Deus ali está 
Sacudindo a estrada do vento 
Com tanta fé que volto a acreditar 
No viver de cada momento 
Trazendo melodias esperançosas 
Do dia
Da noite que se pronúncia 
Na relevância do ser
Que sente a esperança renascer 
Deus comigo estar


Margarida Cabral 


terça-feira, 7 de setembro de 2021

Amor


 

AMOR

 Você é um amor
Amor de que
Que sopra ao ouvido
Que se guarda o tempo inteiro sem se mostrar
Segue caminhando entre ruas e ruelas até encontrar um cobertor
Que não cobrar só o rosto
Mas que envolva o corpo e a alma por completo
Ah! Você é um amor
Que encontrei num canteiro ou no jardim coberto de flor
Vejo a margem que desalinha o caminhar
Sentindo a água bater nos pés e molhar
De repente tenho vontade de mergulho neste rio
Como fosse de encontro aos teus braços
E me agasalhar
Continuei a caminhar e encontrei pelo caminho um beija-flor
Que beija tantas flores
E senti um desejo de beijar meu amor
Sentindo teu perfume feito um beija- flor
E espalhando o amor por onde andou
Margarida Cabral 

segunda-feira, 6 de setembro de 2021

Vestes da gente


 Vestes da gente 




Temperando o dia com o calor do corpo 
Nostálgico assoalho que impera leveza
No mudar de cores
Se distingue em sua nobreza
Das vestes brancas de ternura 
No furtar de cor esperançoso 
Desabrocha uma flor
Pra suavizar as vestes aderidas ao assoalho do corpo
Que aos poucos se solta 
Dando evolução a liberdade 
De ideias, fala e escuta 
Vai se despindo a cada passagem 
Das nuances que encontrou pelo caminho 
Sem lástima  ou delírio 
Na solidez do conviver com as vestes que a gente quer 
Seja de renda ou de chita
Valorizando o teu ser
Que se despi do que não quer
Se inteirando dos valores de libertação 


Margarida Cabral 

quarta-feira, 1 de setembro de 2021

Pedaços


 Pedaços 




O que me digo se fosse assim 
Em diversas divisões 
No agito de cada dia
Indo  de encontro com a calmaria do amanhecer 
Mas começa a se desgarrar em pequenos fragmentos 
Pedaço de mim
Que afoga
Outra parte de mim 
Devora
A outra parte de mim
Acalma
Uma parte de mim quer ver a lua
Sonhador
A outra parte é aventura
Desbravador
A outra parte que cala
Silêncio 
A outra parte que falar
Coragem
Enfim todos os pedaços 
Únicos 

Margarida Cabral 






Emoção

Emoção 


Quando saí por aí
Quero curtir
Ver cores em vários tons
Pra colorir o coração
Com paixão
Sem ventania 
Sem pressa
Com reflexão
Pousar num vilarejo
Sentir o perfume da relva
E até cantar uma canção
Com os acordes do coração
Para estimular os sentidos
Pura renovação

Margarida Cabral

segunda-feira, 30 de agosto de 2021

Como assim


 Como assim 


Talvez seja assim 
Do canto da casa
De cima do telhado 
Canteiro do jardim 
Do florescer das rosas
Da água que goteja pela torneira
Do cheiro da comida 
Do fogo que acende o coração 
Sem escolher especiarias 
Fazendo tudo com simplicidade 
Do balança da rede 
Do espiar o horizonte 
Deglutindo a cada nuance
Com cores de encher o olhar
Do queijo que derrete no tacho
Do cheiro da casa como se fosse flor de jasmim 
Das pisadas que ainda transpira o viver 
Renascendo a cada amanhecer 

Margarida Cabral 








 

domingo, 22 de agosto de 2021

Sonhos


 Sonhos 



Se vista de sonhos 
No passar de cada dia
Se enamore de você 
Com clareza 
Solidez que só o tempo pode dar 
Sinta a felicidade brotando 
Como um dilúvio em forma de flores 
Espalhando contentamento do dia a dia 
Seja água 
Seja peixe
Deixe a nascente do rio te  molhar
Não só os cabelos, mas a alma
Dando um mergulho de leveza 
Que se solidifica com o encanto de você 
Molhando com ternura cada passagem por onde passares

Margarida Cabral 

quinta-feira, 19 de agosto de 2021

Assim


 Assim 


Como serei se não sei como  sou
De paz com a vida
Sou carne 
Sou osso
Sou serpente 
Ou simplesmente uma flor 
No jardim da vida
Ao sopro do vento 
Que destila a saudade 
Vai espalhando cores
Saboreando os sabores 
Se encantando...
Pausando o cotidiano 
Dando continuidade aos sonhos 
Que se avizinha ao corpo
No refúgio de si
Alegórico tempo
Esperança que desperta a cada manhã 
No sigilo do dia dando continuidade na euforia do anoitecer 
Trocando as vestes do tempo 
Por um novo amanhecer 

Margarida Cabral 







sexta-feira, 13 de agosto de 2021

Inspiração





Agregar ao cotidiano a vertente do olhar
Estabilizar o tempo com a leveza da manhã 
Saciando o dia sem agonia 
No meio de cores
A se unirem aos sabores
De paz a destilar a fenda do tempo 
Que arremessa ao canteiro real
Com abertura de flores 
A colorir o jardim sentimental 
No alto do monte rabisco uma olhada 
Lá um tanto distante dou uma espiada 
No vilarejo que se anuncia verdejante
Colorindo o vasto chão 
Sai por aí 
Espanta 
Canta
Acredita
A liberdade está logo ali 
Pode ser só 
No meio do povo
No canto do canteiro 
Debruçado no travesseiro 
De joelhos no chão 
Sem sentir solidão 

Margarida Cabral 






 

quinta-feira, 5 de agosto de 2021

Disfarce


Disfarce 


Desço a ladeira 
Esqueço da escada
No resguardo de cada dia
Piso em cada degrau 
Cauteloso 
Ligeiro 
No reencontro do tempo 
Sinto o gotejo da chuva molhar as ideias
Cortando os cabelos 
Belo disfarce 
De gestos 
Dos gostos 
Da sabedoria que acende feito chuva de verão 
Sem destravar o tempo 
Na constância da imaginação 
Acariciando o  corpo com os raios da manhã 
Ilusão 
Satisfação 
Gruta de segredos 
No temperar do tempo dando continuidade ao viver

Margarida Cabral 



domingo, 25 de julho de 2021

Lugar

 

Lugar



Vilarejo do tempo que ancora em algum lugar

Faz em mim uma vertente de pensamentos 

Transformando os momentos em solidez 

De ilusão 

Dando mãos a satisfação 

Podendo ir além do imaginário ao real

Sem causar dissabor 

Do presente ou passado 

Entranhado istmo que acende  o caminho do coração 

Sem ter cara de  vilão 

No complemento de cores que renova os sentidos 

Com clareza de amores cristalinos 

Atenuando a compaixão 

De cara limpa e cristalina 

A reluzir na floração de cada dia

Sem disfarce  ou agonia

Até ir de encontro ao sonhado cobertor 

Que não  cubra somente  as orelhas 

Mas se arraste pelo corpo inteiro como um jardim de flores 

Inalando seus perfumes que se ramifica na correnteza do amanhã 

Despertando a crença escondida no assoalho do coração 




Margarida Cabral

sábado, 10 de julho de 2021

Recanto


Recanto 


Guardo no tempo a alusão do amanhã 
Sereno ,calmo  sem enfado 
Luz que acende como raio de cristal
Aprimorando o brilho sem igual 
No canto da sala
No tabuleiro do quintal 
Incendiando os pensamentos 
No calor das ideias 
Do degrau
Das portas abertas
Pra luz da lua
Sem veste ... nua 
Acalento sincero me faz respirar 
No discípulo do tempo 
Na lucidez do agora
Claridade do amanhã 
Ressurgi no canteiro 
A saborear a sombra da gentil moringa 
Regozijo com o cantar dos pássaros 
A orquestrar o cotidiano 
Com sua sinfonia eufórica 
Bem-dizendo o viver 



Margarida Cabral 










sábado, 19 de junho de 2021

Veleiro

 Veleiro 




Âncora que prende os pensamentos 
Que podem ir a nalgum lugar 
Seja no canteiro da praça 
No meio da rua ... no jardim  do coração 
Deixa se espalhar 
Na moldura do espelho 
À lumiar a passagem 
Dando gosto de viagem
Deixa o tempo passar 
Na magnitude da manhã 
No entardecer  renovado
 No  silenciar noturno
Tendo a pureza das ideias 
Que tramitam em contos de fadas 
Fazendo pouso no coração 
Canteiro noturno que alberga tantos sonhos
Deixa a noite passar e transpor o aconchego da manhã 
Sentir o cintilar do dia com o clarão do sol
 Suavizando de leve o rosto sem causar desgosto 
Aglutinando  alegria  

Margarida Cabral 








quarta-feira, 9 de junho de 2021

Ser você


 Ser você 


Encare o tempo 

Sinta o sorriso escorrendo  pelo  rosto brando 

Com o assoalho de contentamento 

Se ampare de ternura 

Frutificando o coração com o que há de bom

Ilumine a áurea da vida

Com cores  vibrantes 

Que enalteça   cada passo 

Sinta o teu viver por inteiro 

Cada gotículas de benevolência só fazem bem

Afagando a alma e o espírito 

Trazendo calmaria ao cotidiano

Se encante com você 

Com seus erros ou acertos

Deslize sobre os degraus que a vida lhe deu

Valorize-os 

Deixe a liberdade fluir 

Atente para a luz que ilumina o teu coração 

Alimente-a com suspiros esperançosos 



Margarida Cabral 

 


 

sexta-feira, 21 de maio de 2021

Caminhada


 Caminhada


Cântico do tempo 

Que sopra  indo de encontro ao vento 

No respirar pela caatinga 

Sem disfarce 

Arrebito de momentos 

Na neblina da memória a se renovar a cada  manhã 

Caminhando no declínio da estrada

Galgando cada passada como se fosse a primeira 

Diante do conflito interior

Que vai se alojando no peito 

Até se arrepiar de tanto amor 

Como se fosse uma miscelânea de  chocolate e morango 

Dando seletividade ao viver

De emoções 

Do agito do coração 

No empoderamento da caminhada

Sem perceber a exaustão 

Suspira o ar na inquietude da alma 

Não cai uma  lágrima 

No recanto da paixão 


                         Margarida Cabral 


quarta-feira, 19 de maio de 2021

Canto de mim


 Canto de mim


Labutando segue o teu tino 

Com  fantasia de menino

No garripar da estrada ensolarada 

Sem desvio dos atropelos 

Chutando uma pedra aqui outra acolá 

Seguindo na direção da batida dos pés 

Cai e levanta sem tanta tormenta 

Tudo segue teu curso até com uma certa cadência 

De livre escolha 

Das divisões 

Do livre pensar

No cadente caminho 

Sinto a floração logo ali

A encantar a beira da estrada 

Com entoada dos cantos de passarinhos 

A se deslumbrar  na paisagem 

Que fito feito miragem 

Na nuance do coração 

Que fica tão pequenino 

No semblante de cada estação

De risos

Choros 

Até chegar o verão com alegria no coração

         Margarida Cabral 


sábado, 8 de maio de 2021

Mãe


 Mãe 



É um jeito de tecer  carinho 

Uma flor contagiante 

Um riso de amor

Que se espalha na natureza 

Como um buquê de flor 

Fluindo benevolência 

Com tanto ardor 

Coração expandido a cada amanhecer 

Com o dote de ternura

Sapiência no viver

Caminho de luz

Enaltecendo  o teu ser

Na nobreza do tempo 

Sempre serás a rainha 

A contagiar os  corações 

Dos filhos seus 

                   Margarida Cabral 

 


quarta-feira, 5 de maio de 2021

Asas ao vento


 Asas  ao vento 


Se crie , se encante com o teu ser

Não jogue fora o espelho da reflexão 

Se sinta por inteiro com paixão 

Aveludando o sorriso no eco 

Áspero tempo que envolve  seres distintos 

Dando continuidade ao viver em situações adversas 

Da espera inativa

Por uma clemência remota

Não adianta clamar

A escuta parece surda

Do querer esperançoso 

Da vaga lembrança 

De um futuro melhor 

Pisca a luz lá no alto

Sentindo o reflexo dos que quase rastejam o chão 

Querendo ser visto em qualquer dimensão 

Sem trapaças 

De olhos e ouvidos aguçados 

Na esperança de um novo alvorecer 


                    Margarida Cabral

quarta-feira, 28 de abril de 2021

Brejo do tempo

 Brejo do tempo 


No disparo  do tempo vejo sinalizar o agora

O ontem se foi​

Lenços  de aceno pra o amanhã 

Na aquarela   vai se desenhando o cenário 

Se ilumine a cada manhã 

Sinta a luz do sol invadir a sua pele

Dissipe a energia  armazenada em você 

A  inércia fique distante do seu  ser

Cante uma canção mesmo desafinado 

Enaltece o viver com risos do coração 

Não  pareça um carretel de problemas 

Busque uma resolução 

De vez em quando dar uma espiada no espelho 

Veja como está a estação da vida

Sinta sua evolução 

No calor da alma que pode aliviar o coração 

Deixe sempre uma centelha  acesa

Para que o corpo fique em constante aquecimento 

Se livre das amarras 

Deixe a liberdade flui nos seus pés 

Com cara de renovação 


                              Margarida Cabral 



  


sábado, 24 de abril de 2021

Vazio


 Vazio


Buraco do tempo 

Luz ao luar

Cegos de ilusões 

Que não se fazem sentir a realidade

Do que se passa na rua

Sem roteiro ou ensaio 

Dando voltas nos pensamentos 

Tento me achar 

No céu  estrelado

Outras vezes com ares de chuva 

Até cair um pingo aqui outro acolá 

Com o brilho do sol a lumiar  o rosto 

Diante do ofuscado momento 

Dou voltas nas ideias similar a um pião 

Acertando as arestas  

Pra não cai ao chão 

Tentando preencher o vazio que  aflora o coração 


                              Margarida Cabral 

sexta-feira, 16 de abril de 2021

Meu cantinho: Sensatez

Meu cantinho: Sensatez:  Sensatez Aguardo do tempo Ao  rugir do vento Dando sopro nas janelas  Acordando  o  entardecer  Feito ribanceira a  escorrer na ladeira  At...

quinta-feira, 15 de abril de 2021

Sensatez


 Sensatez

Aguardo do tempo

Ao  rugir do vento

Dando sopro nas janelas 

Acordando  o  entardecer 

Feito ribanceira a  escorrer na ladeira 

Atiçando o bem querer  

Sacudindo  a poeira que fica contida no peito 

Disfarce de grãos mal resolvidos

Com tanta aflição 

Que chega de mansinho querendo adormecer o coração 

Que aspira por renovação 

Do viver físico em busca do fortalecimento    espiritual 

Olhando o revolto tempo

De pessoas a passar

Do invisível que continua a se dissipar 

E os crentes de espírito continua em oração 

Na esperança de um novo alvorecer


                          Margarida Cabral 

domingo, 11 de abril de 2021

Calma


 


Remanso tempo 

Eis- me aqui

No levantar da inquietude 

Do caminhar cauteloso 

Sem destempero 

Do dia

Do vento

Do tempo

Da  agitação do ser

Na leveza do acordar

 Do caminhar  renovado

Entre respingos da chuva

Na sinceridade do tempo contemplo o vasto céu                                              

Com o brilho das estrelas me sustento no infinito 

De espírito  cristalino 

No semblante  do riso

Que acalma a alma da fragilidade de cada dia

Acalentando a nostalgia acelerada no peito 

Suavizando cada momento que se espelha na esperança do ser


Margarida Cabral 

sexta-feira, 19 de março de 2021

Pedaço do tempo


 


Que a palavra seja deslizante 

Atinja degrau  distante  

Na essência do que é bom   

Cruze a avenida

Não se canse das curvas

Mesmo em dia de chuva 

Deixe molhar o canteiro

Que floresce no coração 

Faça uma pausa 

Escuta, escuta

Uma canção ela pode até está longe 

Mas chega com vibração 

Dando sustentação ao vazio que ancorava no leito 

 Afugentando a saudade que se fazia presente no peito 

Dando lugar a um novo caminho   

Trazendo felicidade diante da maestria da saudade 

Fazendo a aurora da vida renascer 


Margarida Cabral 

quarta-feira, 10 de março de 2021

Aparências


 Aparências 

Nevasca do tempo que corrói o sino

Da avalanche da caminhada  

Sem rumo na calçada 

Perdido lá  fora ...incerteza 

No surdo caminho aventureiro 

Um pé aqui outro acolá 

Tenta um agito

Na inatividade ocasional 

Espia o horizonte 

Acredita na luz 

Sossego

Cai a chuva

Relampejo 

Sonhos feitos nada desfeitos 

No vulto do tempo 

Aparição 

Transparência de desejos  

Alvorada respira

Dando continuidade ao florescer 

Com raios de contentamento 

Que ainda vive...

Margarida Cabral 

sexta-feira, 5 de março de 2021

Cada dia


 Cada dia

Na casa do tempo  vou seguindo meu abrigo
Na calada da noite  levanto os olhos pro céu 
Vejo-me nunhuma nuvem que não é de papel 
De repente me deparo com a moringa  
Na espreita do balançar das folhagens tecendo sonhos 
Que inspira o ar na pureza do anoitecer 
Expelido rosas ao vento ao amanhecer 
Na trombeta longínqua do exílio  a fomentar sopros da natureza
Na empatia da beleza 
Tento ficar sem alvoroço 
Alimentando a luz do alvorecer 
Entre canteiros de trovoadas a sacudir os pés 
Levantando a poeira cristalina nas asas da imaginação 
Que vão além do coração
Sem deixar de ser você 

Margarida  Cabral 

sábado, 20 de fevereiro de 2021

Estrada afora


 Estrada  afora


Espaço tranquilo 

Rua afora

Aventureiro

Sai na estrada 

Pego cume  na encruzilhada 

Dá uma espiada 

Escada abaixo

Sai reluzente 

Refúgio escape 

Ladeira escorregadia 

Sem corrimão 

Tropeço 

Sacode a cabeça 

Sai pro abraço 

De alegria 

Agito de poeira

Limpa o terreiro

Espanta a ferrugem 

Que escorria com o tempo 

No istmo da passagem 

Segue seu rumo

No escalar  momentâneo 

Rumos partidos 

Vários sentidos 

Cores a aguçar 

Nortenhas sons vibrantes

Nos afagos emocionantes 

Do viver 

Com maestria 

Alegórico 

Pés nus 

Sobre estrelas


Margarida Cabral 

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2021

Trago de mim


 Trago de mim 



A verdade que existe em mim

Posso até dizer

No limite do entardecer 

Na vertente do caminho 

De luz a orientar

O clarear não tarda

Sinta o relapejo no céu 

A clarear a passagem 

Com tanta diversidade de cores entre pétalas e espinhos 

Na sutileza da alvorada sinto o pisar pequenino

Mas com o abrolhar do dia tudo tornar-se grandioso 

Arfugentando o agouro disperso pelo latejar do vento

Que solto no teu entendimento 

Com justa aparição de calmaria

Invade a janela da vida

Trazendo solidez a nuvem de passagem 

Que goteja água límpida 

Como se fosse servir de lavagem a alma e o coração 

Margarida Cabral

quinta-feira, 28 de janeiro de 2021

Tempo de pandemia


Tempo de pandemia 

Assobio do tempo  
Que leva ao encontro passageiro 
Do cantar, caminhar na vertigem 
A espera dos grãos 
Que aos poucos se soltam das mãos 
Indo de uma escala decrescente de valores
Vagando na mercê do poder
No agito do ser 
Que em sua riqueza de ilusões só tem a calmaria do aguardo
No tempo 
No até chegar 
Na esperança que logo vai passar
No contar corriqueiro de cada dia
Que algumas vezes se alterna em esperança e melancolia 
No intuito de ver  o sol raiar
No arisco nevoeiro dando passagem a uma luz
Que se reacende no leito do chão 
Sem ter cara de pavão 
Espelho grandioso ainda resplandece o viver
Embora tentaram borrar a história do tempo 
Persiste viver e desabrochar num jardim 
Perfumado de flores 

Margarida Cabral