sexta-feira, 5 de março de 2021

Cada dia


 Cada dia

Na casa do tempo  vou seguindo meu abrigo
Na calada da noite  levanto os olhos pro céu 
Vejo-me nunhuma nuvem que não é de papel 
De repente me deparo com a moringa  
Na espreita do balançar das folhagens tecendo sonhos 
Que inspira o ar na pureza do anoitecer 
Expelido rosas ao vento ao amanhecer 
Na trombeta longínqua do exílio  a fomentar sopros da natureza
Na empatia da beleza 
Tento ficar sem alvoroço 
Alimentando a luz do alvorecer 
Entre canteiros de trovoadas a sacudir os pés 
Levantando a poeira cristalina nas asas da imaginação 
Que vão além do coração
Sem deixar de ser você 

Margarida  Cabral 

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