domingo, 17 de março de 2024

Pouso do tempo






 Pouso do tempo 



Caminhar nas veredas do dia 

Sentido o desperto pulsar

Inalando o inócuo tempo 

Sem pressa...só contentamento 

Deixe a paisagem te alegrar

Com as gotículas da chuva 

Que invade o jardim do coração 

Pulverizando as veias

Trazendo nuances benéficas 

Dando continuidade as passadas 

Seguindo o seu deleito na calmaria 

Abrigando um leque de bendito 

Dando transcendência ao vento 

No sussurro do tempo 

Para espalhar sementes de amor

Refloreça o viver

Com cânticos que toque o coração 

Aprenda a  não juntar pedregulhos 

Dar um mergulho no oceano d'alma 

E almeje uma renovação 

Que ilumine a estrada da vivência 


Margarida Cabral 

sexta-feira, 8 de março de 2024


 Fascínio 


Âncora do tempo 

A escorrer no peito

Dá uma sacudida na alma

Ventilando o coração 

Atraindo bons fluídos 

O canto do tempo agita  o corpo 

São tantos acordes que dão ritmo as passadas  Do jardim florido no peito

A raiz do tempo  eterniza o olhar 

As flores do jardim se renovam a cada florada 

Na liquidez do tempo vai diluindo as pétalas 

em vasos de perfumes 

A cada tempo são inalados sem distinção 

São como labaredas a incendiar o coração 

No compasso de cada passagem 

Quando se têm boas recordações torna-se uma dádiva 

Ancorando no leito do peito deixando os sonhos chegarem 

Despertando a cada amanhecer com esperança 



Margarida Cabral