Fascínio
Âncora do tempo
A escorrer no peito
Dá uma sacudida na alma
Ventilando o coração
Atraindo bons fluídos
O canto do tempo agita o corpo
São tantos acordes que dão ritmo as passadas Do jardim florido no peito
A raiz do tempo eterniza o olhar
As flores do jardim se renovam a cada florada
Na liquidez do tempo vai diluindo as pétalas
em vasos de perfumes
A cada tempo são inalados sem distinção
São como labaredas a incendiar o coração
No compasso de cada passagem
Quando se têm boas recordações torna-se uma dádiva
Ancorando no leito do peito deixando os sonhos chegarem
Despertando a cada amanhecer com esperança
Margarida Cabral
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