Agregar ao cotidiano a vertente do olhar
Estabilizar o tempo com a leveza da manhã
Saciando o dia sem agonia
No meio de cores
A se unirem aos sabores
De paz a destilar a fenda do tempo
Que arremessa ao canteiro real
Com abertura de flores
A colorir o jardim sentimental
No alto do monte rabisco uma olhada
Lá um tanto distante dou uma espiada
No vilarejo que se anuncia verdejante
Colorindo o vasto chão
Sai por aí
Espanta
Canta
Acredita
A liberdade está logo ali
Pode ser só
No meio do povo
No canto do canteiro
Debruçado no travesseiro
De joelhos no chão
Sem sentir solidão
Margarida Cabral
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