segunda-feira, 6 de setembro de 2021

Vestes da gente


 Vestes da gente 




Temperando o dia com o calor do corpo 
Nostálgico assoalho que impera leveza
No mudar de cores
Se distingue em sua nobreza
Das vestes brancas de ternura 
No furtar de cor esperançoso 
Desabrocha uma flor
Pra suavizar as vestes aderidas ao assoalho do corpo
Que aos poucos se solta 
Dando evolução a liberdade 
De ideias, fala e escuta 
Vai se despindo a cada passagem 
Das nuances que encontrou pelo caminho 
Sem lástima  ou delírio 
Na solidez do conviver com as vestes que a gente quer 
Seja de renda ou de chita
Valorizando o teu ser
Que se despi do que não quer
Se inteirando dos valores de libertação 


Margarida Cabral 

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