segunda-feira, 22 de novembro de 2010
quinta-feira, 18 de novembro de 2010
Delírios
Hoje no meu viver
Será mais um desafio
De esperanças remotas
Que nos faz delirar
Entre mares e montes
Que nos faz sonhar
No prazer do caminhar
Neste retorno de repensar
No amanhã
No até breve
Nas circunstâncias intercaladas
Quantos vão se aglutinar
Neste exímio retornar
Apreensões sentidas
Que pairam em nossas vidas
O eco a ressoar
O firmamento desagua em nossos pensamentos ilusórios
Oitenta Anos
Anos de florecer
De estima
De querer
Sem aventuras
Com bravura
De todo teu ser
Ser que caminhas
Sempre com luz
Trazendo bondade
Sem adversidade
Querendo sempre o bem
O bem buscado
Com dignidade e altivez
Tão bem repassado
E assimilado por nós
Hoje caminhas com esperteza
No teu apogeu de nobreza
Com tanta realeza
Nunca invejastes ninguém
De estima
De querer
Sem aventuras
Com bravura
De todo teu ser
Ser que caminhas
Sempre com luz
Trazendo bondade
Sem adversidade
Querendo sempre o bem
O bem buscado
Com dignidade e altivez
Tão bem repassado
E assimilado por nós
Hoje caminhas com esperteza
No teu apogeu de nobreza
Com tanta realeza
Nunca invejastes ninguém
domingo, 14 de novembro de 2010
Meu cantinho: Olhos
Meu cantinho: Olhos: "Olhos que já tive Tão acanhados sem vibração Olhos que tenho com entusiasmo Que refletem em meu rosto com tanto fervor Sem senti medo de..."
sábado, 13 de novembro de 2010
Olhos
Olhos que já tive
Tão acanhados sem vibração
Olhos que tenho com entusiasmo
Que refletem em meu rosto com tanto fervor
Sem senti medo de exibi-lo
Olhos que me guiam incendeiam o meu ser
Transbordam alegria sem temer
Sentir o belo renascendo a cada dia
Uma transformação sem ilusão
De carisma e viver
Vendo os meus olhos exuberantes neste meu caminhar
De luz, reflexão sem excitar
Trazendo o novo e o belo para nos acompanhar
Diante das incertezas que a vida nos dá
Sem obstruir o tempo
Continuo a imaginar
Margarida Cabral
Tão acanhados sem vibração
Olhos que tenho com entusiasmo
Que refletem em meu rosto com tanto fervor
Sem senti medo de exibi-lo
Olhos que me guiam incendeiam o meu ser
Transbordam alegria sem temer
Sentir o belo renascendo a cada dia
Uma transformação sem ilusão
De carisma e viver
Vendo os meus olhos exuberantes neste meu caminhar
De luz, reflexão sem excitar
Trazendo o novo e o belo para nos acompanhar
Diante das incertezas que a vida nos dá
Sem obstruir o tempo
Continuo a imaginar
Margarida Cabral
quarta-feira, 3 de novembro de 2010
sábado, 30 de outubro de 2010
Textos Literários
Textos Literários
A tuberculose, a poética e literatura no Brasil
A poética no Brasil por todo o tempo até o final da primeira metade deste século está quase toda impregnada pela tuberculose. Passa de 40 a relação dos vates vitimados pela tuberculose, entre os notórios e os menos conhecidos. A imensa maioria faleceu entre os 21 a 35 anos de idade. Eram jornalistas, advogados, rábulas, funcionários públicos, todos boêmios vivendo a noite nos bares, botequins, discutindo, bebendo e fazendo versos. Poetas pré-românticos, românticos, parnasianos e modernistas, conforme seu temperamento e evolução da doença, extravasaram seus sentimentos, uns sarcásticos, amargos, outros romantizando seus sofrimentos e outros ainda, fleugmáticos, ironizando sua sorte.
Seguem alguns trechos de poemas sobre a tuberculose, doença chamada de “mal do século”, e, ao final, o famoso Pneumotórax, de Manuel Bandeira, na íntegra.
Eu sei que vou morrer... dentro do meu peito
um mal terrível me devora a vida.
Triste Assaverus, que no fim da estrada
só tem por braços uma cruz erguida
Sou o cipreste qu'inda mesmo florido
Sombra da morte no ramal encerra!
Vivo - que vaga entre o chão dos mortos,
Morto - entre os vivos a vagar na Terra.
Castro Alves – Mocidade e Morte
A febre me queima a fronte
E dos túmulos a aragem
Roça-me a pálida face
Mas no delírio e na febre
Sempre teu rosto contemplo.
Eu sofro; o corpo padece
E minh'alma se estremece
Ouvindo o dobrar de um sino.
Casimiro de Abreu – No Leito
Falar somente uma linguagem rouca,
Um português cansado e incompreensível,
Vomitar o pulmão na noite horrível
Em que se deita sangue pela boca!
Expulsar aos bocados, a existência
Numa bacia automata de barro
Alucinado, vendo em cada escarro
O retrato da própria consciência...
Augusto dos Anjos – Os doentes
Noutros tempos a morte
Tinha asas e voava
Hoje ela me veio
Montando um cavalo
E eu irei na garupa
Numa viagem veloz
Putupum, putupum
Onde eu compro a passagem
No meu leito de doente
Para o país sossegado
País louro da morte
Onde um pulmão escavado
Serve de passaporte,
Putupum, putupum
É um país sossegado
Que não tem hemoptise;
É uma terra decente,
Sem escarros no chão,
Putupum, putupum. País sem suores frios,
Sem cadeiras de lona,
Sem bacilos de Koch
Putupum, putupum
E onde o vil pneumotórax
Por certo é ignorado
Putupum, putupum
Putupum.
Jamil Almansur Haddad – Tuberculose galopante
Febre, hemoptise, dispnéia e suores noturnos,
A vida inteira que podia ter sido e que não foi.
Tosse, tosse, tosse.
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Mandou chamar o médico:
- Diga trinta e três.
- Trinta e três... trinta e três... trinta e três...
- Respire.
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- O senhor tem uma escavação no pulmão esquerdo e o pulmão direito infiltrado.
- Então, doutor, não é possível tentar o pneumotórax?
- Não. A única coisa a fazer é tocar um tango argentino.
Pneumotórax – Manuel Bandeira
sexta-feira, 29 de outubro de 2010
REFÚGIO
Refúgio
Segmentos que atropelam nosso caminhar
Sem direcionar o tempo de chegar
Sem enredos para reflexões
Aglutinar o belo sem exibiçõesSentir a aurora da vida ao acordar
Desamores sentidos incontidos em nosso viver
De glória, ânimo e esplendor
Sentimentos que ficam albergados em nosso ser
Que estimula a luz, ilumina nosso coração
Dando sustentação ao nosso caminhar
De fúria, calmaria e paixão
Que adormecem em nosso espírito sem competição
Para com o mundo, a vida buscando forças para interagir
Entrelaças em nosso querer
Sem mágoas com emoção
Que glorificam nosso eu sem nada temer
Configurações presentes de sentir
Que incorporam nosso ego com amor.
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