terça-feira, 13 de novembro de 2012

MADRUGADA AZUL






Queria sentir a madrugada e aconchegar o teu corpo ao meu
Sentir o teu respirar sem nada reclamar dos roncos teus
Como se fosse notas musicais que sopram nos meus ouvidos
Saboreando a madrugada nos braços teus
Respirando o teu perfume como de costume
Me agasalhando  entre os lençóis que flutuam em nossos corpos
Com um suave perfume de brisa que açoita os pensamentos
Sem causa ou dilema de quem fica atados pelo cobertor
Sublinhamos o tempo com delírios de amor
Fazendo de nossa alcova um templo de amor
Criando um furação de vaidades que inalamos com sabor
Sem deixar apagar a chama que proclama por mais  amor
O passar do tempo não impede de velejamos pela madrugada
De admirarmos aquele céu azul
Que respingam em nossas mentes feito um dilúvio azul...

Margarida Cabral - todos direitos reservados

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

SINCERIDADE DE HELENA

Helena Othon disse...
Seu poema minha amiga,
É espetacular
Sua imaginação é grandiosa
Parabéns pelo seu modo de se inspirar

Excelente lugar
Para se inspirar
Um violão ,papel e caneta
Na foto,no meu pensar,
Uma linda musica sairá

Uma ótima noite,uma feliz semana,cheia de inspiração
Meu forte abraço!
11 de novembro de 2012 16:58

Obrigada pelo incentivo.
Margarida Cabral

domingo, 11 de novembro de 2012

FADIGA

Fadiga do tempo que passa em nosso caminhar
Feito contos de fadas trazendo luz ao luar
Florescendo os dias de cansaço com teu broto a florir
Seguindo os reveses do tempo que tento colorir
Com aquarela de cores vivas que me fazem sorrir
Que podem serem amarelas, vermelhas ou azuis
Fazendo nascer um pote dourado cheio de ilusões
Dissipando folhentos em vários tons
Quem sabe de música, rosas, espelhos e luzes
Flutuando ao tempo sem nenhum contraimento 
Indo de encontro as aspirações que motivam o viver
Desafiando a fadiga que espreita o corpo
Que aos poucos se vestem  de chita, querendo ter uma aparência bonita
Para se mostrar para ti...
Revitalizando o rosto de sonhos do presente e do passado que tantos bens fazem a ti
Colorindo o dia com arrepios de ternura e espalhando rosas de amor
Que aos poucos se forma um buquê com os raios do vento 
Deixando a solidez transbordar outra vez...

Margarida Cabral

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

CAMINHOS

Caminhando junto ao tempo tento encontrar
A flor do amanhã que acredito está em algum lugar
Diversificada nas ações que se espalham com o vento
Fazendo ruídos feito um cata-vento
Desembrulhando os tecidos que ficaram atados
Pintados em cores suaves que desalinham o querer
Dando voltas no tempo buscando o alvorecer
Se solidificando em vertentes que desagua num leito do rio
Fazendo com que a correnteza siga seu curso sem desvio
De saberes
De estima
De florescer
Fazendo  cada riacho se inundar 
Se encher de ervas que irriguem os corações
Com atos de virtudes e devoção
Criando uma corrente atando elos e paixões
Indo de encontro  a flor no nicho do coração


Margarida Cabral


domingo, 4 de novembro de 2012

LAPIDANDO O TEMPO


Lapidando o tempo



 Brisa que sopra solta revitalizando nosso ser
Vivenciando o hoje em busca do amanhã
Nada fica adormecido no refúgio do pensar
Esclareça de verdades diante do espelho no inócuo do tempo
Deixe refletir a luz que se debruça no vale do amanhã
Sinta esta fluidez soprando no teu rosto
Acolha esta beleza como é maravilhoso
Caminhe desça cada batente como se fosse único
Verás que tantos outros encontrarás pelo caminho
Uns bem lapidados outros ainda rústicos
Necessitando de amparo para se sobressair
Esqueça aquele túnel que enovela teus pensamentos
Desenrolhe-o  aqueça com o perfume da manhã
Siga o labirinto do coração 
Aprecie um frondoso jardim a te esperar
Sente naquela banco até então vazio em busca do visitante certo
Desfrute deste momento que nada te cobra
Sinta a felicidade ir ao teu encontro
Coloque a mão no peito, deixe o teu coração falar
São palavras  de renovação que irão demolir as farsas 
Deixe transpirar os sonhos que estavam enovelados
Desfrute de tudo com sabedoria 
E se veja no espelho noite e dia...


Margarida Cabral

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

APOIO

Apoio é o que todos querem
Desfrutar do amor
Erguendo e enlaçando as mãos
Caminhando sobre um lago azul
De remotas esperanças
Que inflamam o chão com um tênue florescer
Que cabe em cada mão
E vai se espalhando por cada ser
Jogue uma rosa no meio de uma roda que todos querem alcançar
Para formar um buquê em vários tons para compartilhar
Que seja com um amigo ou com um irmão
O que importa é a coesão
E o partilhar com todos da roda, cada pétala
Na sua exuberância de beleza
Fazendo com que todos se proclamem belos de natureza
Onde o ombro de cada um seja um verdadeiro suporte
Entrelaçando as rosas formando um belo jardim
Que todos tenham  o empenho de sempre deixá-lo belo
E as rosas ficaram belas com o apoio que todos se dão...
Com união

Margarida Cabral

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

LUGAR


Tempo que passa inunda meu ser de tanta saudade   
Este chão tremulo que estremece ao pisar
São centelhas a fio que tento encontrar
Qual lugar que aflige meu coração com revoadas de retornos
Tento abraçar, aperto no peito só a saudade dá
Vejo o sol surgir em todo seu esplendor
São de esperanças que iluminam o córrego azul
Visualizo rios de lembranças que transbordam num frondoso jardim
Que se espalham em sementes que caminham  na terra do coração
Fazendo ressurgir a esperança que irradia entre luzes
Trazendo brilho e esperanças ao cotidiano viver
Sem deslocar mágoas e nem sofrer
Dando saltos de bem querer que se aninham no dorso da mão
Espalhando sentimentos como se fossem miolos de pães
Que aos poucos se difundem em templos de conhecimentos
Fazendo moradia no caminho do coração...
     


Margarida Cabral
     

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

RECOMEÇO




Faça do riso um sorriso aberto
Com franco acolhimento sem menção de palavras
Gesticulai  os desejos que ficam às vezes despercebidos no vale do amanhã
Destempere o tempo como uma pena a flutuar
Veja cada dia como um recomeço de vida
Se invada de ações virtuosas
Inicie cada dia com um saudoso bom dia!
Não espere respostas, não faças  cobranças
Fertilize cada dia não veja o ontem
Mas se desfrute com cada momento que vivencias
Seja leve, mas sábio de soluções
Não deixe nada em borrões
Com o tempo podem ser destruídos pelas traças
Se revigore com as rosas que enchem os olhos de esperanças
Sinta a brisa da manhã bater no teu rosto
Com a suavidade do vento dando chances de repensar nos teus atos
Que algumas vezes ficam espalhados no terreno do tempo
Recolha-os um a um e notarás que existe ações  proveitosas
Só que não estavam em seus devidos lugares
Faça uma reflexão e tente adicioná-las na biblioteca do tempo
Sem constrangimento
Que tudo se organizará a contento...

terça-feira, 23 de outubro de 2012

CORAÇÃO ENCANTADO




Pensamentos que sobrevivem ao tempo no longínquo terreno da memória
Que ficam a sublinhar o néctar desafiando os fios de luzes que ainda estão a brilhar
No céu real ou fictício brando no seu azul suave
Que deslizam em pensamentos sólidos, fazendo aglomerações serenas
Giram em torno de si em movimentos de vai e vêm
Soprando lembranças que ficam mais além
Do alcance das mãos
Se cercam de assessórios que adornam o teu caminhar
Ressurgindo em aclamação que nortenha  o coração
Nesta  viagem pelo  tempo
Sem nenhum arrependimento
Do templo florido que tanto desfrutou
Feito um tesouro encantado com jóias raras
Que brilhavam e ofuscavam o céu no seu esplendor
De anos dourados que lapidavam a juventude com teus sonhos encantados
Feito um conto de fadas a desvendar as estórias que faziam partem da tua vida
Presos ao um laço de fita
A espera de desatar este nó quando o tesouro que estava encantado 
Se desencantou com tanto brilho que teu coração se iluminou...

Margarida Cabral

domingo, 21 de outubro de 2012

DIA NACIONAL DO POETA 20 DE OUTUBRO " ORAÇÃO"


Dá-me a alegria
Do poema de cada dia.
E que ao longo do caminho
Às almas eu distribua
Minha porção de poesia
Sem que ela diminua…
Poesia tanta e tão minha
Que por uma eucaristia
Poesia eu fazê-la sua
“Eis minha carne e meu sangue!”
A minha carne e meu sangue
Em toda a ardente impureza
Deste humano coração…
Mas, ó Coração Divino,
Deixai-me dar de meu vinho,
Deixai-me dar de meu pão!
Que mal faz uma canção?
Basta que tenha beleza…
Mário Quintana

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

SOMBRA DO TEMPO






Quantas vezes ficamos perdidos em contos do coração
Que se distanciam da razão
De lustres luminosos a iluminar o celeiro  do tempo
De vidros adornados por espelhos a visualizar o refúgio do coração
Sem ter que pedir perdão
Sombrear o tempo com lucidez
Rasteando os rascunhos que ficaram armazenados na alma da paixão
Querendo ocultar os desalinhos que fluíram em algum lugar
Não sei se do passado ou do presente
Que teima em retornar
Em sua delicadeza, sem ter cara de disfarce
Mas tendo asas para voar
Em um lugar iluminado com raios do presente querendo desfolhar o passado
Espalhando folhas que estavam refugiadas no coração 
Tudo são liberados com contentamento
Amadurecendo a seiva que alimenta o tempo
De doces lembranças
Que cobrem o chão, vitalizando os elos perdidos no coração...

Margarida Cabral

quinta-feira, 18 de outubro de 2012