sábado, 18 de janeiro de 2014

OLHAR

Tangente reta da vida
Que direciona a algum lugar
Entre vidraças que se espelham na razão do viver
De segmentos às vezes contraditórios que interceptam o caminhar
Trazendo a tona o que se queria buscar
Em algum vilarejo que se desnuda com o tempo
Sentindo o vento soprar e as folhas caírem ao chão
Se perdendo no redemoinho da ilusão
Ficando a se desfolhar sem nenhuma razão
Perdendo os sonhos construídos com tanta devoção
Que foram interceptados por algum vilão
Quem sabe do querer
Da inveja
Da riqueza
Da sabedoria
Do prazer
Sem nunca contradizer a lisura do teu caminhar...

                                             Margarida Cabral

quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

SENTIDOS



                         




A garça do tempo me faz aventurar
Sem dá trelas aos contra tempos
E começa a voar
Sentindo o vento solto a soprar sobre o seu rosto
E se enraizando por seu corpo inteiro o vento continua a deslizar
Não é uma nuvem passageira
É um elo de paz que aos poucos estimula teus sentidos
Sentindo a proeza brotar
Como se fosse uma rosa que estava guardada num canteiro a se ocultar
Aos poucos foi se expondo sem recuo
Se sentindo levada pelo vento a se imaginar
Com ar de liberdade continua com seu voo
Indo aquém das montanhas
Sentindo o remanso das ondas a te embalar
Como se estivesse naquele alpendre na rede balançando pra lá e pra cá
Dando voltas no tempo com tanto contentamento
Sem se queixar
Revitalizando seus sentidos
Que se abre em leque
De tudo que conseguiste concretizar
Percorrestes rios,
Até chegar a terra firme
Pra sentir seus pés ao chão
Na firmeza daquele voo
Que girou e se solidificou com o tempo...

                                Margarida Cabral
           Búzios 01 de janeiro de 2014

sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

FELICIDADE




             " A felicidade existe é só seguir os seus passos ! "




                                                                                       Margarida Cabral

sábado, 21 de dezembro de 2013

SENTIMENTO DE NATAL

       

          No dia a dia de nossas vidas temos que buscar outro florescer, sem angústias
ou atropelos temos é que viver.

                                       Margarida Cabral

TEMPO



                                    Tempo





O ancorar do tempo às vezes me fogem os pensamentos
É como um veleiro ao vento sentindo o respingar do tempo
Quantas vezes nos perdemos em alto mar
No deslize do vento desejando aglomerar todos os momentos
Que se ocultaram na transparência do rebento
Alguns ansiosos desejando se transformar
Nas luzes ancoradas que iluminam o velejar do tempo
Que não paras em qualquer lugar
Segue o teu tino sem vagar
Se firmando no tênue caminho
Buscando o bem-estar
No aglomerado de sonhos que transluzam até se encantar
Brilhando em ventos revoltos deixando se elucidar
Dando continuidade com lucidez
Sem deixar obscuridade te atrapalhar
Agita teu íntimo e segue com está luz a te lumiar...

                                                       Margarida Cabral

sexta-feira, 15 de novembro de 2013

DESALINHO


                                          



Doce vida, doce ser.
A irreverência do tempo se faz dizer
Nas pautas das palavras me faço ver
Como é relevante o dizer
Um entrave aqui outro acolá
E no tropeço do caminho só falto eclodir
Com a desesperança que surgi
De loco de pedras que teimam em saltitarem
Tentando apedrejar o tênue caminhar
Com sílabas soltas que chegam até desalinhar
Se agrupando em outra trajetória sem pensar
Querendo se aglutinar no soberbo coração
Que só têm risos e alegrias a compartilhar
Ignorando o penhasco que tem que escalar
Figurando pela estrada iluminada
Dando evasão ao tempo sem se desalinhar pelos caminhos...

                                Margarida Cabral

Olhar interior