Tempo
O ancorar do tempo às vezes
me fogem os pensamentos
É como um veleiro ao vento
sentindo o respingar do tempo
Quantas vezes nos perdemos em
alto mar
No deslize do vento desejando
aglomerar todos os momentos
Que se ocultaram na
transparência do rebento
Alguns ansiosos desejando se transformar
Nas luzes ancoradas que iluminam
o velejar do tempo
Que não paras em qualquer lugar
Segue o teu tino sem vagar
Se firmando no tênue caminho
Buscando o bem-estar
No aglomerado de sonhos que transluzam
até se encantar
Brilhando em ventos revoltos
deixando se elucidar
Dando continuidade com
lucidez
Sem deixar obscuridade te
atrapalhar
Agita teu íntimo e segue com
está luz a te lumiar...
Margarida Cabral
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