Quando sinto o tempo passar
acredito num novo olhar
De olhares serenos
De vibração pretensiosa
De credos aguçados
De seres viventes e
compromissados
De seres andantes nos seus
fazeres
Que arrebita no tempo
Sem sopro de ilusão
Sentindo os pés se firmarem
num rochedo azul
Onde uma nuvem de poeira cintila
Dando evasão aos seus
pensamentos que não rolam soltos
E bocejando no livre querer
Que atiça o ego no monte do
viver
Translúcido chacoalha o
caminhar
De renascimento de ideais
Que mira na luz oriunda de
pétalas de rosas
A colorir o jardim
Com diamantes, safiras a
ordenar o canteiro do tempo.
Num prisma de tonalidades diversas
Alocados num mesmo pedestal
Sem sucumbir o horizonte
Ficando a brotar rosas de
amor...
Margarida
Cabral