terça-feira, 20 de maio de 2014

DELÍRIO



                    



Canto de casa
Brisa de sofá
Vai de encontro ao tempo
Tento renovar
Nas vestes do corpo
Nas vestes da alma
Nas vestes do espírito
Nas vestes das amizades
São desafios fio a fio
Como gotícula de chuva
Tão escassas que nos faz delirar
Na busca da ternura
Do olhar
Das palavras verdadeiras
Sem facetas de o exímio olhar
Ah! Delírio de tempo que transparece na câmara do tempo
Arredio mesmo sem querer
Não te deixe levar pelas migalhas que soam ao vento
Se atice com teu contentamento
Sente na cadeira da sala
E sinta a luz a te lumiar...

                                        Margarida Cabral



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Olhar interior