terça-feira, 16 de setembro de 2014

Arranjo do tempo


                   
Arranjo do tempo

Quando sinto o tempo passar acredito num novo olhar

De olhares serenos

De vibração pretensiosa

De credos aguçados

De seres viventes e compromissados

De seres andantes nos seus fazeres

Que arrebita no tempo

Sem sopro de ilusão

Sentindo os pés se firmarem num rochedo azul

Onde uma nuvem de poeira cintila

Dando evasão aos seus pensamentos que não rolam soltos

E bocejando no livre querer

Que atiça o ego no monte do viver

Translúcido chacoalha o caminhar

De renascimento de ideais

Que mira na luz oriunda de pétalas de rosas

A colorir o jardim

Com diamantes, safiras a ordenar o canteiro do tempo.

Num prisma de tonalidades diversas

Alocados num mesmo pedestal

Sem sucumbir o horizonte

Ficando a brotar rosas de amor...


                                 Margarida Cabral

   

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Olhar interior