domingo, 24 de junho de 2012

TEMPO SOLTO

Hoje o meu peito está vazio
Não existem lágrimas...
Só olhar longínquo revendo o passado que tão distante ficou
Sobre muralhas erguidas ao longo do caminho
Parecem proteção que foram criadas com tanto tino
Em vidraças espalhadas nas  lembranças
Que tenho receio de quebrar
De figurinos soltos com o passar do tempo
Que tornam-se estátuas inacabadas
Ficaram erguidas em ventos soltos ...
Sendo lapidadas no deserto do vazio coração
Que corre em busca do tempo
Olhando para o firmamento estrelado
Acreditando num eterno amor...

Margarida Cabral

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