Alvorada

 Alvorada

Refúgio do amanhecer
Calmaria no olhar
As vestes caídas, jogadas ao chão
No despertar de cada manhã
Desabrochando ao alvorecer
Destilando o passo apressado
Na ladeira da vivência
Que pode até solicitar clemência
Do viver aventureiro
Acalma o coração com uma canção
Inale o perfume do amanhecer
Com o esperançar dos raios de sol
Vai, vai, caminha sem solidão
Se firma  na consistência de cada dia
Do abrigo da chuva
Do caminhar descalço
Sentindo o atrito da areia
Fortalecendo o teu ser
Sem sentir a solidão da alma
Renasça todos os dias
Contemplando o viver
Que brota dentro de você...

Margarida Cabral 

Canteiro do coração

 

Canteiro do coração 

Pedaço de mim 

Segue teu tino

Sem afogar o destino 

Dando risadas ao vento 

Com magia e  alegria 

No ancorar da certeza 

Do caminhar com firmeza 

Na exuberância de cada manhã 

Sem parecer um dilúvio 

Nem tão pouco contos de fadas 

Caminhas com passos sólidos 

No florescer do coração 

Dando elos de estímulos 

A cada momento 

De renovação 

Dos pedaços recolhidos no caminho 

A se transformar num cenário venturoso 

Sem tirar os pés do chão 

Com tanta benevolência 

Que acorda o espírito 

Renovando a alma 

Pra outro renascer 

Do reflorestar a vida 

Com cânticos de paz

Trazendo suavidade ao viver 

Margarida Cabral 

Firmeza do tempo

Terra batida

Chão molhado

Transpiro ,

Calo,

Fito,

Espio o clarão de cada dia

A lumiar o olhar aventureiro

Que se acende com a luz do candieiro

Trazendo renovação a cada momento

Aguçando ideias sem manipulação

Configurando as que fazem bem ao coração

Num respingo aqui outro acolá

Não tenhas pressas...

O espelho do tempo memoriza o instante

Sem se fazer inconstante

Vai respirando a cada passo

Se agasalhe com coisas boas

Que clareia o penhasco

No escalar cotidiano

Dar um adeus as traças

Contemplando um novo viver

Que traga bons fluídos a você

Acorde teu interior

Com o embalo da manhã

Ilumina seu tempo

Sem fazer cara de arrependimento

Sinta a alegria do viver

Contemplando os raios do sol

Margarida Cabral

Aconchego

                                             

Aconchego 

Não sinta solidão

Abra um sorriso

Sinta o mundo a sua volta

Sinta o seu corpo

Sua pele, até tocar seu corpo inteiro 

E verás que não estais sós

O tempo passa, mas você continua

Com o seu olhar, com seu mito a velejar

No túnel do tempo tentando chegar ao amanhã

Com o florescer do dia

Com rosas a desabrocharem no jardim do coração

Não sinta solidão

Encontre um amigo

Encontre um irmão

Aglutine sua família no loco do coração

Não sinta solidão

Estenda sua mão

Forme um círculo

E deixe a roda girar

Veja a beleza deste circular

Se encante com cada volta

Sinta a suavidade chegar

Se aconchegue com o olhar

Que se firma numa luz brilhante

Trazendo para perto os que estavam distantes

Deixe esta luz te iluminar

Com o florescer dos raios

Deixe sucumbir teu coração...

   Margarida Cabral 

                                                 

Canção

 

 

Canção 

Assoalho límpido 

Brotos de calmaria 

Deslizo de névoa 

A coroar o jardim 

Com enfeites de carmim 

Dourados de ternura 

A enaltecer tão bela criatura 

No singelo anoitecer 

O respingo da chuva... molha as folhas da memória 

Que ficaram encharcadas 

Não perdidas 

A espera do dilúvio do tempo 

Que soa com a musicalidade do vento 

Cânticos de vivacidade 

No embalo do leito do coração 

Que não fica adormecido 

Se renova a cada passagem 

Das vestes diurnas a se esperançar com as noturnas 

Fugindo do tédio no deleito de cada manhã 

Margarida Cabral 

Luz

 Luz

Cascata de luz

A refletir o chão 

Entre luzes de cristais 

A destilar o tempo 

Com gotas de contentamento 

Sinta o afago chegar 

De dentro do corpo até exteriorizar-se 

Na sensibilidade de cada um 

Repouse a memória com bons fluídos 

Faça dessa pausa um pote de luz

Que ilumina cada ponto dos sentidos 

Entrando no ritmo das batidas do coração 

Evoluindo de um clarão diurno 

Indo adormecer a luz do luar

Inundando o corpo 

Por ruas ou ruelas 

Criando uma conexão salutar 

Entre o harmonioso e verdadeiro 

Na busca do brilho de cada dia 

Margarida Cabral 

Renovação

Renovação 

A motivação de cada  dia 

Dão asas a imaginação 

Como se fosse algodão doce

A se dissolver no céu da boca 

Trazendo reflexões...

Boas, 

Dramáticas,

Silenciosas ,

Impulsivas ,

Verdadeiras ,

Na crendice de cada passagem 

Sinta a esperança de ideias 

Na iluminação d'alma 

Se fortaleça com bons fluídos 

Mantenha distância dos de aromas venenosos

Quando aspirados

Traz malefícios ao coração 

Caminhe com o desabrochar das rosas

Trazendo um colorido de paixão 

Se abstenha de palavras soltam

Agregue-se com as que dão satisfação 

Margarida Cabral 

 

Viver

 Viver 

Viva cada dia 

Aprecie cada momento 

Com a luz de Deus 

E renasça com alegria 

Não  conte o tempo 

Viva,viva e viva 

Floresça a cada dia para você 

Caminhas esqueça dos pedregulhos que encontrar 

Sinta o colorido de cada dia te envolver 

Na esperança de um novo renascer 

Sinta a sua casa como se fosse um agasalho de paz

Abra as janelas e  deixe os raios do sol entrar 

Trazendo bons fluídos ao coração 

Às vezes o caminhar pode ficar enfadonho 

Não desanime a porta da felicidade pode está logo ali 

Inale o florescer de cada dia 

Margarida Cabral 

Amanhecer

 

Amanhecer 

Orvalho de cada dia 
Transporta alegria 
Na face , no disfarce 
No agito interior 
Busque o que existe de bom
No compasso do coração 

Não se perca em detalhes se vista de contentamento 

Enalteça o viver com risos verdadeiros 

Dando continuidade a claridade do viver de cada dia 

Pausando os sentimentos de mansinho 

Refugiando-se na gruta da sapiência 

Apreciando o cálido momento 

Sem egoísmo 

Vista-se de superação 

Na paisagem florida do coração 

Margarida Cabral 

Cheia de tempo

 

 

Cheia de tempo 

Com palavras que se soltam ao vento 

Com cara de contentamento 

A desfilar no corredor da memória 

Na crendice de fazer história 

No ritmo de cada momento 

Pausando aqui e acolá 

Segue desenhando o ritmo 

Na ausculta do coração 

Vivenciando a renovação da estrada 

Destilando os sabores e saberes sem negação 

Caminha e solta o grito de aclamação 

Esbanja um sorriso de satisfação 

Percorre a avenida sem temor 

Segue cheia de tempo com ardor 

Margarida Cabral 

Caminho

 Caminho 

Caminho de cada  tempo 

É preciso acreditar 

Tendo fé no criador 

E as passadas que se vão 

A cada momento 

Na crença do tempo 

Que passa tão veloz 

Diante do tempo ficamos pequenos 

Com essa estrada passageira 

Que pode conter frutos coloridos, doces ou amargos 

Vivenciar cada um com ternura 

Sem causar mágoa ao coração 

Na solicitude de cada dia 

Se envolva numa espuma cristalina 

Que traga benevolência ao ser

No caminhar de esperança 

Não se perca na tristeza 

Trace rio de alegria 

Distribua rosas de felicidades por onde passar 

Margarida Cabral 

Natal

 Natal

É luz

Alegria 

Renascimento 

É uma canção 

De renovação a cada momento 

Com fé 

E agradecimento 

Celebração de encantamento 

De festejos a cada dia

De desejos 

De crenças 

De acolhimento 

A semear o ano inteiro 

Na busca do bendizer 

Que se renova em cada ser 

Com esperança de um novo renascer

Busque o Natal que existe dentro de você 

Margarida Cabral 

Gotejo

Gotejo 

Pingos caídos na  florada exuberante 

Gotas de ternura que dissipa o olhar 

Na encruzilhada do tempo fico a me contentar 

Das gotas caídas

A molhar o vestido da vida

Com pingos suaves

Colorindo por inteiro a evolução de cada momento 

Com nuances delicadas dando um lapidar verdadeiro 

Ao prisma do viver 

No pingo do orvalho 

Se deseje 

Se faça feliz

Renasça a cada instante 

Deixe o gotejamento de luz

Fazer parte da vivência do cotidiano

Margarida Cabral