terça-feira, 2 de outubro de 2018

Luminosidade


            


Primor de tempo
Que se agita a contento
Espalhando vida ao firmamento
Com a luminosidade de cada ser
Quanta alegoria ao redor
Com o espaçar do tempo não quer ficar só
Se unam em conversas que tenham vigor e alegria
Que penetrem no cérebro e fluam pelo corpo
Dando vivacidade ao viver
Abraçando cada momento não deixando escapar um só segundo
Que a leveza do olhar acompanhe o dia
E se estenda ao anoitecer
Com um tênue caminho de amor e prazer



                          Margarida Cabral

segunda-feira, 24 de setembro de 2018

Raio de luz


Raio  de luz



Raio de sol
Luz do luar
Terra infinita
Campos verdejantes
Que atiça o olhar
Clarão do dia que ilumina o ser
Trazendo brilho ao entardecer
Céu límpido ao anoitecer
Que encanta o íntimo
Mergulhando em sonhos não ilusórios
Fazendo um místico de renovação
Acariciando o coração
Envolto a uma paz de plumagem
Energizando o viver


                    Margarida Cabral

segunda-feira, 27 de agosto de 2018

Amor


                                      

Estava só
Estava sentado
Estava calado
No silêncio interior
Estava com zelo
Estava inteiro
No meu íntimo
A espera do amor
Que pode ser ligeiro
Ameno e duradouro
Mas seja amor
Amor de dia
Da noite
Amor de rua
Que voa e se apaga ao acender a luz
Amor de canteiro a desabrochar
No cantinho certeiro da estrada do amor
Quero esta

   Margarida Cabral

segunda-feira, 6 de agosto de 2018

Sereno



Sereno do tempo que sopra ao vento
Encandeia o pensar
No deslizar dos passos continuo a peregrinar
Em campos floridos com ramas pelo chão
Às vezes parece um dilúvio de ilusão
Brotando no peito atiçando o coração
Como um vento remoto que se renova a cada passagem
Mirando a caminhada sem ver o fim da estrada
Pura renovação
De corpo e alma
Fazendo uma lavagem do que ficou pela estrada
Colhendo benevolência de crença
Clareando o viver
Agitando as asas tal qual um passarinho sem medo de voar
Recolhendo as teias que se dissiparam no sereno
Aglutinando tudo no copo de cristal sem ter medo de quebra-lo

                    Margarida Cabral

sexta-feira, 3 de agosto de 2018

Tempo



                                   

No escuro da noite contemplo as estrelas
Que cintilam no vasto céu
Tudo é uma calmaria
Lá na beira da estrada indo de encontro à enseada de repente acaba a calmaria
De repente o antigo arvoredo despenca como papel
Seus galhos inertes debruçam sobre o chão
Quem sabe serão transformados numa pilha de carvão
Fico a espiar pelo estreito caminho
Aquela árvore outrora tão robusta cheia de vigor
E de repente evaporou
Há o tempo não perdoa o passar dos anos
Hora hoje se é menino no desabrochar de uma flor
Na correnteza do vento
No relógio do tempo a juventude murchou
E a maturidade do tempo chegou


                            Margarida Cabral

domingo, 10 de junho de 2018

Aniversário




                                  

Amanheceu novo dia
Acordamos com a dádiva da vida
Que as pessoas se iluminem
Não fiquem inertes
O tempo vai, não retorna mais.
E seguimos com a entoada dos pássaros
Com seus cantos fervorosos a nos alegrar
Fito o clarão do tempo
Enrosco-me no firmamento e continuo a caminhar
Estrelas que abrilhantaram todos os anos vividos
E continuam lá, pra mais anos lumiarem.
Sonha sonhador que as flores do tempo desabrocham no nicho do coração
Deslizo no tempo no aconchego do vento
Por mais um caminhar
Com a aurora da vida a peregrinar

     Margarida Cabral

sexta-feira, 8 de junho de 2018

Crença de vida




                           
                                                                   
Assoalho do tempo
Raio de luz
Encata-me...
E me conduz
A um desfiladeiro brilhante
Que não se esquiva ao abismo
Da terra molhada que se encharca à medida que o tempo ecoa
Na escalada de cada ano
Pura renovação
De espírito e físico
Sem lastima
De vez em quando lagrimeja uma lágrima ao olhar
Pego o lenço do tempo e não deixo a lágrima rolar

                          Margarida Cabral

terça-feira, 15 de maio de 2018

Sonho dourado








Viva, viva
O momento que se anuncia
Viva o olhar sem melancolia
Viva o mar a velejar... Nos sonhos que flui a cada onda
Viva a terra que pisa com alegria
Tendo a esperança que amanhã será um novo dia
Viva o dia tênue
Que desperta a clamar
Sinta o crepúsculo chegar sem fantasia
Viva, Viva
O encanto do pôr do sol que se perde no horizonte
Se aconchegue na  mudança de cores
Que energiza o corpo com os raios de luz
Fazendo teus olhos fitarem o infinito azul
Sinta a noite abraçar o teu ninho
Entre cobertas de amor
Dando adeus ao dia
Viva, viva...


     Margarida Cabral

segunda-feira, 5 de fevereiro de 2018

Liberdade


Atravesso a rua
Sinto o sopro do vento
Vejo pessoas a passar
Liberdade, liberdade?
Será?
Ficar no canteiro repleto de rosas
Sem se incomodar
Com o vai e vem dos carros
Sinto a liberdade no ar
Será!
De repente um tiroteio
Um assalto na esquina
E a liberdade perdeu - se pela cidade
Será!

    Margarida Cabral

segunda-feira, 28 de agosto de 2017

Entusiasmo

Entusiasmo


Alegria de olhar
Ver...
Sentir, passar
É só um açoite
Risos soltos
Clamor de vida
Que aguça no infinito
Se deságua em sonhos
Lidos, vivos,  quanta ilustração
Sem desilusão
Que atiça o ser verdadeiro....

  Margarida Cabral

sexta-feira, 12 de maio de 2017

Sorriso de mãe


Chora,  canta, brilha.
Teu sorriso está aqui
Na brisa da noite
No longínquo caminho
Te vejo sorrir
Na tua calmaria
Tudo volta a existir
Na leveza do vento
Fito o firmamento
É como estivesse aqui
Na lágrima que teima em escorrer
Mas a lembrança do teu sorriso ameniza a saudade
Dos dias floridos que nos fizeram sorrir

     Margarida Cabral

quinta-feira, 6 de abril de 2017

quarta-feira, 21 de dezembro de 2016

Distância


Gira,  girassol
É só diversão no paiol
De casa escondida
De casa  amostra
Que se vê no longínquo olhar

A saudade bate no peito e aconchega -se
Fico a mirar
Na lagoa distante com teu brilho azul
No monte que não chego lá
 
Margarida Cabral

domingo, 20 de novembro de 2016

Consciência


A razão do querer atrelado ao existir
Acreditar em você
Com tanta benevolência sublinhando cada degrau
De coragem
De determinação
De crenças
Que enaltece o veleiro do tempo
Entre um nevoeiro e outro vai construindo
teus pensamentos
Colorindo rostos verdadeiros sem disfarce
Para ser vistos sem miragem
Sem ser marcados pelas tatuagens pois são verdadeiros
Oriundos de paisagens que brilham feito um cristal 
Iluminado cada espaço sem esquecimento 
É só chegar um vendaval que  se fazem presentes 



 Margarida Cabral

quinta-feira, 10 de novembro de 2016

Vento


O tempo passa
Voa similar ao passarinho
Quando olhamos para o lado exauriu-se
Não tem retorno
O vento passou
A chuva se foi na enxurrada
Já molhou o celeiro
Inundou o canteiro
E floriu rosas
Aguçou os sentimentos abrandando o coração
A caminhada já foi corrida
Hoje mais passiva saboreando o florescer do tempo
Com o brilho do sol iluminando o viver

    Margarida Cabral

sexta-feira, 4 de novembro de 2016

Cânticos de vida


Quem sou eu diante do acalanto da noite
Refugiar-se no clarão do dia
Sem prender-se pela  fantasia
A espera de cânticos
Que ecoam límpidos sem disfarces
Na solidão da mata
No lugarejo distante
Que fica bem ali atrás do monte
Fazendo curva na estrada
Indo de encontro a cachoeira na beira do caminho
Ouvindo o canto da passarada
Que alegra a nostalgia até fazer ecos de felicidade
Subindo o monte no ápice do entardecer
Revigoro a alma dando continuidade ao dia
Sem clamor ou agonia

                Margarida Cabral

segunda-feira, 17 de outubro de 2016

Realidade


A alegria do tempo
O agito do caminhar
Paro um pouco
Olho ao redor
Quantas desavenças
Desequilíbrio, quanta indiferença com teus irmãos
Ambição que derrete com o vento
O solo fica úmido, tantas lamentações
Falta a escuta
Tanta soberania
Falta a humildade
Quanto egoísmo
Que rasteja pelo chão
Com o desalinho não sei se teremos superação
Fito a miragem daquele pôr de sol
Que ainda respira
Na esperança de um viver melhor

      Margarida Cabral - todos direitos reservados

quarta-feira, 5 de outubro de 2016

Luz do tempo


Luz do tempo
Claridade de névoa
Que respinga no celeiro
Com tanta luz
Que encandeia
Clareia, semeia
Reluz, seduz e conduz
A elevação do templo
Da espera
Da procura
Da aceitação
Da lágrima que escorre pelo rosto desnudo
Mas o clarão do tempo volta a  lumiar -te
Com perseverança a travessia do tempo

    Margarida Cabral - todos os direitos reservados

quarta-feira, 24 de agosto de 2016

INICIAÇÃO



Guardo em mim o refúgio do tempo
Que ancora ao vento
Sem perder o destino da revoada
Bate vento no celeiro do coração
Alternando a teimosia que destila em palhas remotas
Aguça as traças que lapidam páginas perdidas na imaginação
Tênue tempo que invoca a vivência
A sedimentar por ariscos córregos
Dando crença sem turbulência
Fazendo acreditar num novo começo


       Margarida Cabral

sábado, 20 de agosto de 2016

AURORA

Aurora 




Rios,  campos,lares
Verdes lírios a brotarem
Busco refúgio em algum lugar
Com laços que fertilizam além do tempo
Que se encurrala com o vento
Fazendo redemoinho que chacoalha o coração
Águas que passam rente aos pés
Cintilando o alvorecer
Na certeza de um querer sem sombras
A coroar o viver

       Margarida Cabral

sábado, 13 de agosto de 2016

DIA DOS PAIS


Sentei,  pensei e fiz uma reflexão
Quando a tristeza chega a seu coração
Busque a luz das estrelas e faça uma caminhada
Por dentro do seu coração
Atiçando as fibras fazendo vibrarem
Encontrando a esperança do tempo
A cada batida deixe insinuar -se
Mesmo quando a saudade chegar
Quando a lágrima cair
Enxugue-a pois não será a última
Mas a benevolência do tempo acalma o coração
Das saudades verdadeiras que vão e vêm

          Margarida Cabral

quarta-feira, 3 de agosto de 2016

RECORDAÇÃO DE MAMÃE


Jamais esqueço a calma que abrandava o coração
O sorriso meigo que transpirava ternura
As palavras suaves quando precisávamos de socorro
O olhar verde que se confundia com o mar
A pele tão límpida como a paz que exalava
A minha doce e eterna mãe
Como é difícil não conviver mais contigo
Mas temos que suprir esta ausência
Que dá tanto aperto no coração
Foram tantas lembranças boas
Que a tristeza nunca se aconchega
Agradeço a Deus por ter tido a graça de conviver com uma pessoa tão nobre
Que na sua simplicidade acolhia a todos sem distinção




Margarida Cabral

domingo, 31 de julho de 2016

RISO


O riso que me compõe
O riso que me afaga
Esqueço a tristeza
Só sinto alegria quando este riso se instala
Riso de superação que anima até a alma
          Margarida Cabral

terça-feira, 26 de julho de 2016

LIBERDADE DO TEMPO

Liberdade do tempo

Onde estará
Como encontrar
Respingo do tempo
Quero encontrar
Entre paredes
No ar livre
Na casa caiada
Cheia de estampas a colorir o céu
Tudo fica girando feito um carrossel
Sem figuras de papel
Que ao sol rebenta em raios de luzes
A clarear cada pisada
Sem afugentar a passarada
Que livre levita no ar
Sem nenhum incômodo

       Margarida Cabral

quinta-feira, 21 de julho de 2016

ABRAÇOS


Abraços do tempo quero sentir
Vê o tom de suas cores ressurgirem
Em um copo ou taça de cristal
Com sua transparência sem igual
Tudo fica tão nítido
Diluindo na memória as lembranças
Que fertilizaram por tantos anos as terras do coração
E continuam a brotarem na certeza de eclodirem
Do mágico ao imaginário até se concretizar

Entre filtros que delineiam o viver


                             Margarida Cabral

domingo, 17 de julho de 2016

ALEGRIA

Sinta o tempo
Sinta o olhar
Sinta a vida a transbordar
Entre rios e riachos e comece a navegar
Sinta a areia a teus pés se livre do atoleiro e caminhe
Com o vento,  com a chuva
Não pare...
Tudo tem tanta luz e altivez
Não deixe a tristeza do tempo fazer parte de ti
Revigore o espírito numa cachoeira e sai por aí
Ainda existe caminho a seguir
E muitos tijolos de alegria a construir

         Margarida Cabral