No escuro da
noite contemplo as estrelas
Que cintilam
no vasto céu
Tudo é uma
calmaria
Lá na beira
da estrada indo de encontro à enseada de repente acaba a calmaria
De repente o
antigo arvoredo despenca como papel
Seus galhos
inertes debruçam sobre o chão
Quem sabe serão
transformados numa pilha de carvão
Fico a
espiar pelo estreito caminho
Aquela
árvore outrora tão robusta cheia de vigor
E de repente
evaporou
Há o tempo
não perdoa o passar dos anos
Hora hoje se
é menino no desabrochar de uma flor
Na
correnteza do vento
No relógio do
tempo a juventude murchou
E a
maturidade do tempo chegou
Margarida Cabral
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