segunda-feira, 29 de abril de 2019
terça-feira, 9 de abril de 2019
Atitude
Vou vedar
minha boca
Ficar sem palavras
Para os
alheios distintos
Fechar meus
ouvidos
Das escutas
indevidas
Recolher-me
ao canteiro iluminado pelo candeeiro
No templo da
contemplação
Só o
apreciar do clarão da lua se espreitando pelo terreiro
Lumiando as
ideias sem arquivá-las ao esquecimento.
Margarida Cabral
quinta-feira, 4 de abril de 2019
Interior
Quanto mais me visto
Olho-me no espelho
Ficando parada refletindo
O visualizar externo
É pura estética
São momentos passageiros
Fico a flutuar a minha visão
interior
De desejos infindos
Não tem comparação igual
São escavações internas
difíceis de encontrar
Não podem ser montagem
Mas sim sinceridade
Que independe do olhar
Da jardinagem que habita o
coração
Sem ser nuvem passageira
E sim nuvem que se aloca no
desejo da alma
Emitindo raios de luzes
Que ramificam o corpo por
inteiro
Energizando com uma áurea
Sem distinção de faces...
Margarida Cabral
terça-feira, 26 de março de 2019
Silêncio
Silêncio
Silêncio de
mim
Meu refúgio
interior
De calmaria
Transbordamos
os desamores
Que foram
escoados com as águas do rio que passou
Sem desamor
Límpido
silêncio
Que segue
clareando o caminho
Limpando os
resíduos deixados ao léu
Que se
desfaz como uma folha de papel
Sem escrita
só com pingos de lembranças
Que desafia
o desejo do coração.
Margarida Cabral
quarta-feira, 20 de março de 2019
Suspiro
Imagino te
ver no cantinho
Sem mesclar
o tempo
Só superação
Que vai de
encontro à vaidade
Sem alarde
com ternura e emoção
Vou
caminhando com o guia do vento
Só a
suspirar
Na encruzilhada
tento traçar fios de fantasias
Que ficaram
alocadas no túnel do tempo
Só reflexão
Das paixões oriundas
do coração
Que foram
perdidas no ocaso da imaginação
Margarida Cabral
segunda-feira, 18 de fevereiro de 2019
Pausa
Pause o tempo sinta o coração
Saia por aí
Aguçando o silêncio
Faça uma reflexão
Dos desejos omissos
Do tempo que ficou sem resolução
Pause,pause o tempo como um furação
Não sinta arrependimento pois tudo está em suas mãos
Abra a janela deixe a brisa da manhã entrar
Renove o espírito
Inale rosas no canteiro do coração
Aprenda a voar com as borboletas
Coletando as benevolências das rosas
Se atice e deixe flutuar o amor
Margarida Cabral
domingo, 3 de fevereiro de 2019
Sentimento
Sentir o cheiro
De jasmim
Do lado
Ao redor
De mim
Sentir medo
Do escuro
Clareia o tempo
A coragem recai
Em mim
Margarida Cabral
segunda-feira, 8 de outubro de 2018
Luz do tempo
Vida que
passa
Pela rua,
campo e estrada.
Que
esplêndida é a caminhada
De crença
com os braços abertos
Que revigora
a cada passagem
Dias
iluminados que açoitam os sentidos
Faz-nos ser
grande no florescer do tempo
E menino no engatinhar
das escolhas
Dádiva de
vida que assopra ao deleito do vento
Buscando luz
no firmamento
Dando evasão
de busca no lumiar do caminho
Tempo
passante que revigora a cada dia
Sem se
preocupar com as curvas das estradas
Espalho
pedras pelo caminho
Sento na
beira da estrada como é bom ver a revoada não se esquecendo da origem
Que alimenta
o espírito e clareia a alma refletindo no coração
Margarida Cabral
terça-feira, 2 de outubro de 2018
Luminosidade
Primor de tempo
Que se agita a contento
Espalhando vida ao firmamento
Com a luminosidade de cada ser
Quanta alegoria ao redor
Com o espaçar do tempo não quer ficar só
Se unam em conversas que tenham vigor e
alegria
Que penetrem no cérebro e fluam pelo corpo
Dando vivacidade ao viver
Abraçando cada momento não deixando escapar um
só segundo
Que a leveza do olhar acompanhe o dia
E se estenda ao anoitecer
Com um tênue caminho de amor e prazer
Margarida Cabral
segunda-feira, 24 de setembro de 2018
Raio de luz
Raio de sol
Luz do luar
Terra infinita
Campos verdejantes
Que atiça o olhar
Clarão do dia que ilumina o ser
Trazendo brilho ao entardecer
Céu límpido ao anoitecer
Que encanta o íntimo
Mergulhando em sonhos não ilusórios
Fazendo um místico de renovação
Acariciando o coração
Envolto a uma paz de plumagem
Energizando o viver
Margarida Cabral
segunda-feira, 27 de agosto de 2018
Amor
Estava só
Estava
sentado
Estava
calado
No silêncio
interior
Estava com
zelo
Estava
inteiro
No meu
íntimo
A espera do
amor
Que pode ser
ligeiro
Ameno e
duradouro
Mas seja
amor
Amor de dia
Da noite
Amor de rua
Que voa e se
apaga ao acender a luz
Amor de
canteiro a desabrochar
No cantinho
certeiro da estrada do amor
Quero esta
Margarida Cabral
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