Quanto mais me visto
Olho-me no espelho
Ficando parada refletindo
O visualizar externo
É pura estética
São momentos passageiros
Fico a flutuar a minha visão
interior
De desejos infindos
Não tem comparação igual
São escavações internas
difíceis de encontrar
Não podem ser montagem
Mas sim sinceridade
Que independe do olhar
Da jardinagem que habita o
coração
Sem ser nuvem passageira
E sim nuvem que se aloca no
desejo da alma
Emitindo raios de luzes
Que ramificam o corpo por
inteiro
Energizando com uma áurea
Sem distinção de faces...
Margarida Cabral
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