quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

CARA OCULTA

Quanto mais me afasto de mim vou ao teu encontro
Te busco em algum lugar
Me reinvento
Ficou a me contestar
Sem deixar de te buscar
Ah! Lembrança insana que invade meu peito
Penetra na alma indo ao encontro do coração
Em batidas aceleradas de ilusão
Que dão ritmo ao tempo de lembranças
Servindo de assoalho ao meu cobertor
Que ignora a tua ausência
Da distância infinda de separação
Que se empreita na janela do tempo
Tentando te encontrar
Mas tudo não passa de imaginação
Retorno ao meu mundo
Não fico no quarto escuro
Procuro a beleza, as estrelas e o luar
Que revigora o espirito
E me faz caminhar... 

Margarida Cabral

PÉ DE ESCADA


Pé de escada  foi onde tudo começou
Conversa improvisada que se elucidou
Cultivamos uma semente
Em terreno fértil, bem arado
Que logo brotou uma frondosa árvore
Com raízes enfincadas na terra
Como se diz com os pés no chão
Vaidosa não queria ficar  só
A exibir sua beleza
Desejava compartilhar com outras árvores
Pois tinham belos galhos e frutos
Que podiam ser distribuídos ao longo do caminho
Fazendo uma partilha de conhecimentos
Não queria ficar  sozinha
Chamou um vizinho aqui e outro acolá
Araram bem a terra e começaram a plantar
Aos poucos as árvores foram crescendo na sua imponência
Querendo ser gente a se mostrar
Não só mais aos vizinhos, mas em outros terrenos penetrar
Desejando que seus frutos fossem saboreados por outros
Então se formaram uma corrente de galhos enlaçados
De proeza com muita beleza se humanizaram

Margarida Cabral

terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Meu cantinho: NATAL

Meu cantinho: NATAL: Natal criança Natal lembrança que invade os corações Com tantas aspirações de desejos De festa De presente De mudanças De esperança...

NATAL

Natal criança
Natal lembrança que invade os corações
Com tantas aspirações de desejos
De festa
De presente
De mudanças
De esperanças
De conciliação
De tempos melhores
De mãos dados como irmãos
Fazendo um ciclo envolvente
Em cada coração!

domingo, 25 de novembro de 2012

ISTO É POESIA



                             

POESIA É ISTO
É CONTENTAMENTO
É ILUSÃO
É TER O MUNDO EM TUAS MÃOS
É O RESPINGAR DA CHUVA
É O AMOR QUE VAI E VÊM
É A REFLEXÃO DO DIA COM SEU ALVORECER
É A REFLEXÃO DA NOITE AO ANOITECER
É SENTIR UM TREMOR NO PEITO QUE INVADE O CORAÇÃO
COM TANTA TERNURA E SATISFAÇÃO
QUE SE DEBRUÇA NO TEMPO
DANDO VOLTAS DE PENSAMENTO
E ABRIR UM SORRISO DE PAIXÃO
É CAMINHAR COM A ALEGRIA ABOLINDO A TRISTEZA
SE ENVOLVENDO COM A NATUREZA E A FICÇÃO
SEM DEIXAR DE LADO O AMOR QUE ESTÁ SEMPRE A BROTAR
QUE TRÁS TANTO INSPIRAÇÃO
FAZENDO DO VIVER UM ELO HARMONIOSO
SEM DISFARCE OU ILUSÃO
DANDO ASAS AOS SEUS PENSAMENTOS
NO LIMITE DA RAZÃO.

MARGARIDA CABRAL

sábado, 24 de novembro de 2012

AMOR INCONSEQUENTE




Amor inconsequente 



Amor eterno que brotou em meu coração

Surgiu das nuvens cheio de paixão

Quando brilha o sol irradia todo meu ser





Parece uma chama

Que queima todo corpo

Com tentação,

Com agonia,

Com paixão,

Sem nada temer





Eterno e louco amor

Nem imaginei quando chegou

Que pudesse penetrar em todo meu ser

Com essa eterna paixão

Parece um vilão

De tanto querer ser correspondido


Tudo foi em vão

Tu pareces seguro

Vives no obscuro não apareces para desfrutar

Este lindo sentimento que tenho para te dar.





Margarida Cabral 



quinta-feira, 22 de novembro de 2012

SATISFAÇÃO






Na ternura do tempo encho-me de contentamento
Ficou feliz e quero está
No sublinhar do amanhã
Quero  me vesti todo dia
Querendo ficar bonita e me mostrar
Para mim mesma
Me fito , me enxergo, gosto de me vê no espelho
Não só para apreciar o exterior
Mas o interior tem que valorizar
Deixar dá arrepios sem rodeios
De vê o belo entrar
Mesmo que se vista com um vestido de chita
O que importa é o bem estar
De valores que só o tempo nos dá







Margarida Cabral

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

ESQUECIMENTO



Lapso de memória que acometem criaturas
Que se distanciam dos seres
Com tanta amargura
Não se veste de ternura
Se distanciar do doce olhar
Esquece daquele lindo rio que passa a sua frente
Limpando os farelos que deixaram em teu leito
Mas um dia irá brotar sementes
Fazendo crescer uma linda flor
Que contagiará teus pensamentos dando volta no tempo
Te cercando de amor
Que cresce com a distância
Do sentimento que restou... 

Margarida Cabral

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

O FLORESCER DA POESIA

Na poesia encontrei o prelúdio do tempo
Me fez acordar
Com tanto contentamento e um completo bem estar
De poder sucumbir os pensamentos que estavam a espera pra aflorar
Feito uma roça no deserto de memórias adormecidas
Esperando a visita de um beija-flor para polinizar nossa vida
Inspirada em palavras que nascem na vertente do coração
Denotadas de versos e canções que soam sem abismo
Buscando a transformação
De proeza
De vaidade
De reflexões
Que se incumbem de levar as mensagens ao nicho adormecido
Floreando cada dia com cada momento sem ser passageiro
Criando um elo de esperança saudando  o coração
Com eternas lembranças que  coroam nossos olhos
Nos versos que estavam agasalhos 
Igual a um paraíso perdido
E se encontrou, sem distância do tempo
Se coloriu e florou...

Margarida Cabral

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

ESPERANÇA

Flutuar no tempo
Rever o passado
Ter a sensibilidade do amanhã
Saborear esta felicidade
Sem ter medo da verdade
De clamar o viver
Com alegria
Sem nostalgia
Só benevolência
Neste viver
De transparência de sonhos
Hoje realizados nos desalinhos  dos meus versos

Margarida Cabral

YOU and Y


Finalmente recebi o meu livro,
Que contentamento
Ver minhas palavras feito versos
Num livro, quanta vaidade senti...

Agradeço a Roberto Ferrari pelo convite de participar deste livro.
Margarida Cabral

CONVERSA AO VENTO

Queria  ser um fidalgo e sair pelo mundo a velejar
Passei em alguns canteiros tentando me encontrar
Vi campos floridos, outros sem vegetação como eram similares ao meu coração
Ouvir vários idiomas sem me encantar por nenhum
Senti  falta do português que ficou pra trás
Eram tantas saudades que pensava em desistir
Mas o impulso de vê o mundo era mais forte
Continuei a velejar fitei belos jardins com belas rosas que tranquilizavam o coração
Abracei a neve como uma ilusão
Me veio a lembrança daquele algodão doce
Tão apreciado nos tempos de criança
 Queria ter a certeza que podia me sobressair
Da aventura altaneira que me fez ressurgir
Queria encontrar amores diferentes dos que deixei ao léu
Encontrar um novo lar sem cara de pastel
Os dias se passaram, mas a saudade falou mais forte
Dei meia volta e voltei ao meu repouso
De tanta saudade sentir um aperto no coração
Que bateu tão forte quase me faltava a respiração
Então fiz uma reflexão
Valorizando o que eu tinha em minhas mãos

Margarida Cabral