segunda-feira, 12 de março de 2012

SILÊNCIO


Silêncio 



Silenciar  em teu íntimo
O amor que aflora em teu ser
Cala-te diante da incerteza do tão sonhado sentimento
Que desabrocha  em teu seio  adormecido de sonhos
De ilusão
De paixão
De saudade
De renúncia
De fuga
De solidão
De olhar perdido no entardecer buscando o amanhecer
De esperanças que ficam albergadas
Esperando o momento de ressurgir
Das sombras do ocaso
Entre folhagem encoberta  pela   poeira do tempo
Que se firmam na terra em busca de alguma fantasia
Para brotar novamente a paixão sem ventania
Do silêncio do tempo que se perdeu ao relento
Sem guardar as migalhas exauridas
Fica a te calar
Se conformando  com  silêncio do coração...

Margarida Cabral

domingo, 11 de março de 2012

ESCREVA

Escreva, escreva
Sinta as palavras transbordarem
Como um arco íris em várias cores
De amor
De amizade
De saudade
De renúncia
De solidão
De esperança
De paixão...
Não esqueça das cores que exalam ao luar
Seja ela vermelha, azul, branca, preta, lilás...o que importa é que pintam o coração
Escreva com paixão
Com um sorriso
Com uma lágrima que cai
Escreva tudo que sinta no coração...

Margarida Cabral

SONHOS






Os sonhos  que ficaram
Não puderam transparecer
Ficaram ao vento no completo amanhecer

Ilusões polidas que se perderam no ocaso
Não concluídas bloqueadas, interrompidas
Meras fantasias desiludidas

Anos perdidos iludidos
Alusivos neste sistema falido
Aonde o alvorecer é sempre esquecido

Luz da minha vida
Guia os meus passos
Enaltece o  meu ser
Diante de tanta ironia
Nós queremos é crescer

Sonhos esquecidos
Embutidos que não tiveram chance de aparecer
Com o tempo foram moldados
Entranhados e permanecem a se esconder.

Natal, 14 de maio de 1993.

Margarida Cabral

Meu cantinho: VIDA

Meu cantinho: VIDA:      Vida    Vida de fuga Vida de enganação Vida sofrida Vida de ilusão Vida de alucinações Vida de tempestade V...

VIDA




     Vida
  

Vida de fuga
Vida de enganação
Vida sofrida
Vida de ilusão
Vida de alucinações
Vida de tempestade
Vida de alegria
Vida de esperança
Vida de campos verdes
Vida de florescer
Vida pregressa
Vida desativa
Vida ativa, totalmente vida.

Natal, 09de setembro de 1988.

Margarida Cabral


sábado, 10 de março de 2012

POESIA DIA DO POETA



Poesia é meu eco
Poesia é o meu caminhar
Poesia é um refúgio que não quero apagar
Poesia é meu  o corpo a minha alma o meu coração
Poesia é a canção a delirar
Poesia é a relva
Poesia é um jardim de flor
Poesia é a esperança de amor
Poesia do tempo
Poesia de ilusão
Poesia de delírios
Poesia de paixão
Poesia é a fonte de vida
Que fica guardada na linha do coração...

Margarida Cabral

FACE



Face misteriosa como é difícil te encontrar
Percorrer dias e noites  a te buscar
Cada chuva que cai fico a esperar
Se naquela poça de água vou te encontrar
Naquele rio perene não te vejo ressurgir
Nada fica translúcido...
E espero a noite chegar
Com tua exuberância de face oculta que não quer se mostrar
Olhar  o céu e fitar  cada estrela tentando te encontrar
Nesta busca insensante entre o rio e o mar
Tanta solidão tento apagar
Vou nas montanhas nos montes querendo visualizar
Fico a caminhar encontro pássaros e flores só não consigo te encontrar
Face misteriosa se perde no tempo
É levada pelo vento
E permanece misteriosa sem se mostrar...

Margarida Cabral


sexta-feira, 9 de março de 2012

BRILHO

 


Brilho tentador
Que surgiu em nossos olhos e ficou
Com firmeza, sagacidade sem oscilação
Fazendo nossas faces,
Enaltecer de tanta transformação


Com nobreza fez ressurgir em nossos olhos
O brilho perdido ofuscado com o passar do tempo
Dedicação e sabedoria reacendeu o brilho de um novo olhar
Reavivando a juventude e refazendo um novo pensar
De vida
Grandeza, auto-estima sem fissuras
Revendo o horizonte de vida com bravura


Sem entre laços
Com outro florescer
De vida e querer
Que enaltecer todo nosso ser
Ser que gritar por vida
Eloqüência de uma juventude ultrapassada
Porém, hoje presente
Com este brilho novo que ressurgiu
Ficará em nossos olhos com ternura e paixão

Margarida Cabral

VOCÊ



Você é o meu mundo infinito

Você faz parte do meu eu
Você é o meu sentimento sólido

Você é meu porto seguro
Você é meu caminhar
Você é o meu olhar
Você é o meu jardim de flores
Você é o meu coração de amor
Você é a minha luz
Você é o meu refúgio
Você é o meu mar de calmaria e ilusão

Você é o meu nicho de solidão
Você é passado e presente de dedicação
Você não é dilúvio
Você é um sonho realizado

Margarida Cabral

FELICIDADE


terça-feira, 6 de março de 2012

NOITE SILENCIOSA




O silêncio da noite me faz calar

O silêncio da noite me faz ficar

Entre braços partidos acolhidos no cobertor

De sonhos vazios  no olhar longínquo

Crença carente de afeto tênue  que volta para buscar

 Mesmo tão longe me faz recordar

O silêncio da noite me faz relembrar

Do tempo partido que ficou em algum lugar

De crenças antigas ...recentes e até remotas

O silêncio da noite tento buscar

Na alegria perene que reside em qualquer lugar

Seja de chão ou papelão

O que importa é o caminhar

No silêncio da noite tento flutuar

Em sonhos brilhantes de pérolas alucinantes

Que caminha sobre as ondas do verde mar

O silêncio da noite tento me encontrar

Com o meu eu
Sem ser teu quero me encontrar

Margarida Cabral

LEMBRANÇAS DO CORAÇÃO

Meu dia , meu tempo
Que repassam entre as ilusões atenuantes
Tantas fragilidades que contemos
Dificílmente se equiparam ao vento
Que levam as lembranças sem tormentos
Não penetrando  nas que ficaram guardadas no coração
Com o tempo são moldadas em quadros de recordação
Onde fixamos as gravuras inesquecíveis que não ocorre deteriorização
Benevolência do tempo que me curvo diante de ti me levando tão longe...
Aos montes que escalo entre rios e mares retornando aos  momentos que nunca esqueci
Fico  a flutuar diante de tanta renovação é como tivesse um tesouro na minha mão
Guardado a sete chaves pertinho do coração...

Margarida Maria


LAMENTOS





Distantes fitos que oscilam entre o mar e o infinito

Quanta distância neste albergar de caminhos oscilatórios

Que por vezes sopra o vento em direção contraditória ao teu caminhar

Gostaríamos de credos ... alusivos de amor

Sejam de fluídos presentes ou passados que exalam um novo florescer

De caminhos que sejam compartilhados entre pássaros e flores

Dando vida a teu caminhar...

Sem aflição

Sem discórdia

Sem mágoas

Sem desamparo

Mas na vida temos tempo de nos encontrar... com nossa plenitude interior

Deixe ela se exaurir num eterno amor

Margarida Cabral