segunda-feira, 28 de novembro de 2011

MÃE ETERNA




Mãe eterna
Mãe querida
Amores além dos montes
Mares e horizontes
No alvorecer de cada dia
Quando surge o crepúsculo
Bem além do horizonte
Vendo os pássaros
Seguirem em revoadas
Que tanto deslumbra os nossos corações
De filhos e paixões eternas

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

ESPELHO

Quando estou só me vejo diante do espelho
De carências e gritos que afligem o coração
Quantos retornos que transmitam ao caminhar
De aventuras doces e claras
De saudades que  bate no foco e caminha no templo da ilusão
Abrindo reflexos de saudades que incidem na solidão
De um tempo vazio que entristece e afronta todo o meu eu
Lembranças oriundas de incidência brilhantes
De caminhos partidos que se perderam ao limiar do dia
Como desejaria que esta luz  aflorasse  novamente no meu viver
De alegria
Sem prantos
Com solidez
Com raça
Com euforia
Que me visse diante do espelho  a me enaltecer
Me tornaria um herói regendo esta orquestra sem alegoria
Só queria transparecer diante do espelho e viver

Margarida Cabral

sábado, 19 de novembro de 2011

ACEITAÇÃO

Aceitação

Acredito na vida
Acredito na sorte
Acredito em sonhos
Acredito em pesadelos
Acredito em benevolência
Acredito em valorização
Acredito em pessoas nobres
Acredito em união mesmo que atada num cordão
Acredito em verdades
Acredito na falsidade dos incrédulos de coração
Acredito no fim do dia
Acredito no entardecer que logo chega a noite para aquecer
Acredito no raiar do dia vendo o sol ressurgir
Acredito no amor....
Acredito na paixão que acoita o corpo e destempera o coração
Acreditar  faz parte da gente que têm esta crença bendita
Acreditar aquece o nosso peito sem pedir passagem
Acreditar transforma o ser em soberano sem enganos de viver

Margarida Cabral

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

SONHO AZUL

Seguridade que caminha em nosso ser
Criar enlace de desejos em nosso interior
Cativando a ilusão que acumulamos ao nosso viver
De estrelas
De arco-íris
De nuvem serena
De lua brilhante que ilumina o caminhar
De sol  irradiante
De verdes campos  a percorrer
Deslizar em passos curtos ou largos          
Sobre a relva alucinante
Aonde encontramos pássaros nos seus ninhos de amores
Diferem dos seres pensantes sem se limitar nos seus dissabores
Como desejaria ser um pássaro a voar buscando a ilusão para me acalentar
Deixar de ser errante e buscar o florescer
Da noite silenciosa para delirar
Com um novo dia de refúgio e crença


Margarida Cabral - todos direitos reservados

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

ABALOS




Nada mais me abalou quando  você partiu
Tudo ficou insólito sem luz sem foco
Parecia que o mundo tinha deslocado do seu eixo habitual
Quanta diferença de encantos
O meu coração ficou sombrio
O dia não tinha inicio ou fim parecia vagar num espaço infindo
Procurei pela lua para mirar para saber se existia uma luz a iluminar
Contei estrelas
Vi o  nascer do sol ...e  se pôr no horizonte
Como é difícil conviver com a  ausência que nos afoga o coração
Lembranças contínuas que ficam a vagar
Na esperança de um dia esta dor venha se atenuar
Se acomodar no meu peito sem deleito sentido falta de um cobertor
Que se mudou para outro mundo e nunca mais voltou.

Margarida Cabral

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Ousadia

Eu sou eu
Você é você
Quanta incerteza em cada olhar
De caminhos partidos
Que se perderam nos desencontros
De avenidas ou ruelas
Que ficaram em tempos  sóbrios
De firmes afetos atenuados pelo tempo
Quanta desilusão não inserida no contexto  da paixão
Que se perderam com o tempo no mar da desilusão
Que se expuseram ao relento de solidão
Sem agregar algemas de compaixão
Continuando no firme propósito do bem querer
Sem jamais dizer não ao medo do fazer
Criando espaços ilusórios que vagam no caminhar
De credos antigos e novos que sopram ao vento da imaginação
Reencontrando o equilíbrio de esperanças que ecoaram ao relento
Buscando exalar o tédio que ora impera sem se agregar no seu pensar
Retórica longínquas que tentamos eclodir
Do casuísmo  que se enlaçam que nos impede  de seguir

Margarida Maria Tinôco Cabral Souza





sábado, 1 de outubro de 2011

Noite silenciosa

O silêncio da noite me faz calar

O silêncio da noite me faz ficar

Entre braços partidos acolhidos no cobertor

De sonhos vazios  no olhar longínquo

Crença carente de afeto tênue  que volta para buscar

 Mesmo tão longe me faz recordar

O silêncio da noite me faz relembrar

Do tempo partido que ficou em algum lugar

De crenças antigas ...recentes e até remotas

O silêncio da noite tento buscar

Na alegria perene que reside em qualquer lugar

Seja de chão ou papelão

O que importa é o caminhar

No silêncio da noite tento flutuar

Em sonhos brilhantes de pérolas alucinantes

Que caminha sobre as ondas do verde mar

O silêncio da noite tento me encontrar

Com o meu eu
Sem ser teu quero me encontrar

Margarida Cabral - todos direitos reservados