segunda-feira, 14 de novembro de 2011

SONHO AZUL

Seguridade que caminha em nosso ser
Criar enlace de desejos em nosso interior
Cativando a ilusão que acumulamos ao nosso viver
De estrelas
De arco-íris
De nuvem serena
De lua brilhante que ilumina o caminhar
De sol  irradiante
De verdes campos  a percorrer
Deslizar em passos curtos ou largos          
Sobre a relva alucinante
Aonde encontramos pássaros nos seus ninhos de amores
Diferem dos seres pensantes sem se limitar nos seus dissabores
Como desejaria ser um pássaro a voar buscando a ilusão para me acalentar
Deixar de ser errante e buscar o florescer
Da noite silenciosa para delirar
Com um novo dia de refúgio e crença


Margarida Cabral - todos direitos reservados

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

ABALOS




Nada mais me abalou quando  você partiu
Tudo ficou insólito sem luz sem foco
Parecia que o mundo tinha deslocado do seu eixo habitual
Quanta diferença de encantos
O meu coração ficou sombrio
O dia não tinha inicio ou fim parecia vagar num espaço infindo
Procurei pela lua para mirar para saber se existia uma luz a iluminar
Contei estrelas
Vi o  nascer do sol ...e  se pôr no horizonte
Como é difícil conviver com a  ausência que nos afoga o coração
Lembranças contínuas que ficam a vagar
Na esperança de um dia esta dor venha se atenuar
Se acomodar no meu peito sem deleito sentido falta de um cobertor
Que se mudou para outro mundo e nunca mais voltou.

Margarida Cabral

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Ousadia

Eu sou eu
Você é você
Quanta incerteza em cada olhar
De caminhos partidos
Que se perderam nos desencontros
De avenidas ou ruelas
Que ficaram em tempos  sóbrios
De firmes afetos atenuados pelo tempo
Quanta desilusão não inserida no contexto  da paixão
Que se perderam com o tempo no mar da desilusão
Que se expuseram ao relento de solidão
Sem agregar algemas de compaixão
Continuando no firme propósito do bem querer
Sem jamais dizer não ao medo do fazer
Criando espaços ilusórios que vagam no caminhar
De credos antigos e novos que sopram ao vento da imaginação
Reencontrando o equilíbrio de esperanças que ecoaram ao relento
Buscando exalar o tédio que ora impera sem se agregar no seu pensar
Retórica longínquas que tentamos eclodir
Do casuísmo  que se enlaçam que nos impede  de seguir

Margarida Maria Tinôco Cabral Souza





sábado, 1 de outubro de 2011

Noite silenciosa

O silêncio da noite me faz calar

O silêncio da noite me faz ficar

Entre braços partidos acolhidos no cobertor

De sonhos vazios  no olhar longínquo

Crença carente de afeto tênue  que volta para buscar

 Mesmo tão longe me faz recordar

O silêncio da noite me faz relembrar

Do tempo partido que ficou em algum lugar

De crenças antigas ...recentes e até remotas

O silêncio da noite tento buscar

Na alegria perene que reside em qualquer lugar

Seja de chão ou papelão

O que importa é o caminhar

No silêncio da noite tento flutuar

Em sonhos brilhantes de pérolas alucinantes

Que caminha sobre as ondas do verde mar

O silêncio da noite tento me encontrar

Com o meu eu
Sem ser teu quero me encontrar

Margarida Cabral - todos direitos reservados

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

CONVERSA AO VENTO



Meu cantinho é meu aconchego, o meu tudo ou o meu nada que às vezes se desagua em lágrimas quando dou volta pelo tempo, tudo reluz como um firmamento de inúmeras estrelas como se fosse cada  etapa de nossa vida tão corriqueira.Digo também que é o meu bem querer de acreditar em tempos melhores sem desviar o caminho de esperança que acolhe o vento aglutinando os seres num dilúvio de amor.
Margarida M Tinôco C Souza


Cantinho aonde me chego e ficou a imaginar no tempo que se foi e tento relembrar com vaidade e saudade de voltar , porém vamos retornar a realidade e se deixar levar pela saudade...

Margarida












     Poesia é isto saudade, ilusão, criação , é o longe o perto.

Margarida