quinta-feira, 27 de agosto de 2020

Realidade

Realidade

Orvalho da manhã  dispersa o nevoeiro
No canteiro do tempo
Que acompanha o movimento do vento
A atordoar os ouvidos
Neste balançar de reflexão
Dos costumes corriqueiros
A invadir nosso chão
De tantas pisadas devidas
E outras não
Girando como catavento
Segue teu rumo de vida
Sem dar-se  conta do que vai suceder
Visualizando as artimanhas
Do convívio incompleto
Sem omissão
Valorizando o íntimo do ser
De cara com uma nova roupagem Renovando o sonhado viver

Margarida Cabral

terça-feira, 25 de agosto de 2020

quinta-feira, 13 de agosto de 2020

Tempo cativo

Tempo cativo

Brilho do amanhecer
Da doce tarde
Do aconchego da noite
Olhar longínquo além da fronteira do coração
Do apaixonante
Que se espiou no espelho e nada balbuciou
Silêncio contido no resguardar da sombra
No caminhar com mansidão
Do cauteloso caminho
Se guiando no roteiro buscando um refúgio
Que enalteça a alegria do viver
Sem temer o encontro da encruzilhada
Segue na tênue estrada buscando o alvorecer

Margarida Cabral

sexta-feira, 31 de julho de 2020

Transparência






Sento, calo
Sinto a dor
Tormenta...
A passar feito refúgio
No jardim
Do albergado canteiro
Com ares de solidão
Nas vestes da alma
Oscilando em cores
Tão difusas
Claras, escuras...
Intermediário estado espiritual
Sem causar mal
Do nevoeiro passado
Que abrilhantava o ressurgimento do sol

Margarida Cabral

quarta-feira, 22 de julho de 2020

Árvore dos pássaros

Árvore dos pássaros

Miro a cada manhã numerosa aglomeração
É um agito só em busca de lugar
Pra o pouso efetuar
São várias espécies a adornar o alvorecer
Diante de tanta beleza o colorindo é sem igual
O canto se ouve ao longe no acorde de sons a delirar na escuta do
ouvido
Quanta maestria a sensibilizar os sentidos

Margarida Cabral

quarta-feira, 8 de julho de 2020

Calmaria



Silêncio da manhã
Só ouço o cantar dos pássaros
No casulo da casa
Lá fora a sonoridade é de causar inveja
Na sua aglomeração de costume
Até que tem uma  diversificação de espécies
Dos pardais aos bem-te-vis
E a columbina picui  a cantar
Animando a passarada no deleito da manhã
Que estão a saborear a ração na liberdade do muro
A friagem da manhã ainda estão  sobre os telhados
A lua ainda se deixa visualizar
O sol  surgindo com a alegria da sua luz
Fazendo abrilhantar o iniciar do dia
Com a gratidão de Deus

Margarida Cabral

  

sábado, 4 de julho de 2020

Luz do tempo



Acalma o agito
Tudo é tão belo
No irradiar deste florescer
Com o brilho do amanhecer
Luminosidade que incide no espelho
Incidindo reflexos que não são ilusórios
Nem tão pouco fantasiosos
São plumas de contentamento
Que se alberga no coração
Deixando por alguns momentos a paz invadir nossos corações

Margarida Cabral

Olhar interior