quinta-feira, 27 de agosto de 2020

Realidade

Realidade

Orvalho da manhã  dispersa o nevoeiro
No canteiro do tempo
Que acompanha o movimento do vento
A atordoar os ouvidos
Neste balançar de reflexão
Dos costumes corriqueiros
A invadir nosso chão
De tantas pisadas devidas
E outras não
Girando como catavento
Segue teu rumo de vida
Sem dar-se  conta do que vai suceder
Visualizando as artimanhas
Do convívio incompleto
Sem omissão
Valorizando o íntimo do ser
De cara com uma nova roupagem Renovando o sonhado viver

Margarida Cabral

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Olhar interior