Vestes da gente
Temperando o dia com o calor do corpo
Nostálgico assoalho que impera leveza
No mudar de cores
Se distingue em sua nobreza
Das vestes brancas de ternura
No furtar de cor esperançoso
Desabrocha uma flor
Pra suavizar as vestes aderidas ao assoalho do corpo
Que aos poucos se solta
Dando evolução a liberdade
De ideias, fala e escuta
Vai se despindo a cada passagem
Das nuances que encontrou pelo caminho
Sem lástima ou delírio
Na solidez do conviver com as vestes que a gente quer
Seja de renda ou de chita
Valorizando o teu ser
Que se despi do que não quer
Se inteirando dos valores de libertação
Margarida Cabral