Vou vedar
minha boca
Ficar sem palavras
Para os
alheios distintos
Fechar meus
ouvidos
Das escutas
indevidas
Recolher-me
ao canteiro iluminado pelo candeeiro
No templo da
contemplação
Só o
apreciar do clarão da lua se espreitando pelo terreiro
Lumiando as
ideias sem arquivá-las ao esquecimento.
Margarida Cabral