domingo, 7 de outubro de 2012

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

OLHAR




O caminho dos teus olhos tento encontrar
Estão perdidos ao luar
Mas o brilho permanece no teu doce olhar
Cheio de vivacidade
Que ficam a cintilar
Percorrendo caminhos sólidos
Sem se abalar
Nada será ao acaso
Nem tão pouco transitório
São verdadeiras fortalezas intransponíveis
Que só de olhar cai lágrimas dos olhos
Ficamos a nos distanciar
Sem  imaginar que estava tão perto
Deste foco que incidem  em várias cores
Prevalecendo o verde a reluzir
Naquele doce olhar

Margarida Cabral


DESCONTRAÇÃO






quinta-feira, 4 de outubro de 2012

RIO DO AMOR



Escreva , escreva diz o coração
Faça dos pensamentos um rio 
Que segue seu curso indo desagua no leito do coração
Espalhando  verdades que encantam
E solidificando no leito dos rios onde passou
Desencantando a alegria trazendo paz  interior
Desejando ser aquela água límpida onde as impurezas de distanciou
Dando lugar a um jardim florido
Que impera fantasia e amor
Como se fosse um beija-flor a difundir o polén a cada flor
Tudo seria harmonioso
Com muitas crendices a flutuarem
Fazendo muitos risos se soltarem
Muitas mãos se enlaçarem
Fertilizando o amor
Que fica a brotar em nosso interior
Indo desabrochar no rio da vida
Expandindo os elos de união sem nenhum dessabor

Margarida Cabral

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

RECANTOS



Cidades campos e lares
Que surpresa sentir
Quando olhei aqueles campos refleti
Verdes flores a brotar
E nos aqui a te admirar

Aquarela sem fim
Beleza sem igual
Tudo parece colossal

Não te invejo por possui tanta beleza
Faço tudo para viver sem drama ou incerteza 

maio de 1993

Margarida Cabral

MOMENTOS




Idéias que se vão
Idéias que ficam
Neste terrível chão de verão
Só as lembranças glorificam
Passagens aéreas, terreas, não sei de que
Tudo isto estremece todo meu ser
Ser que se estrutura em massa, pedra ou latão
Depende dos sonhos que pairam neste verão


Natal, 13-05-1993

Margarida Cabral

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

TARDE ADORMECIDA


Tarde  adormecida 


A tarde que espaça o tempo
Nada diz de descontentamento
Segue seu ritmo sem dá trela ao vento
Que açoita as folhas caídas no solo das lembranças
Do tempo vivido não esquecendo dos galhos que sustentavam as folhas
A medida que foram caindo se deslocaram do chão
Indo de encontro ao porão do coração buscando a saudade
Vivenciando cada momento que ficam a flutuar entre encantos e desencantos
Sem  afasta-se da memória do tempo
Que se aloca em algum lugar
Seja no passado ou no presente basta um toque de contentamento
Que volta a todo momento a se deslocar
Buscando o refúgio que se aglomera em torno do coração
Fazendo círculos de esperanças
Se renovando ao lapidar do tempo

Margarida Cabral

Olhar interior