Viva, viva
O momento que se anuncia
Viva o olhar sem melancolia
Viva o mar a velejar... nos sonhos que fluir a cada onda
Viva a terra que pisa com alegria
Tendo a esperança que amanhã será um novo dia
Viva o dia tênue
Que desperta a clamar
Sinta o crepúsculo chegar sem fantasia
Viva, Viva
O encanto do pôr do sol que se perde no horizonte
Se aconchegue na mudança de cores
Que energiza o corpo com os raios de luz
Fazendo teus olhos fitarem o infinito azul
Sinta a noite abraçar o teu ninho
Entre cobertas de amor
Dando adeus ao dia
Viva, viva...Margarida Cabral
Muitas vezes ficamos a imaginar
A exuberância do ser
Que nos deixar a relutar
Nas ilusões
Nos entremeios
Que nos agita o íntimo
Ficamos a saborear
No clarão que surgi cheio de esplendor
Que ativa a sensação de amor
Às vezes escondidos em nosso interior
Que transparece sem querer em ritmo ilusório
Muitas vezes guardamos este florescer
Sem transcender o real valor do ser
Fronteiras obscuras que não podemos alcançar
Ficamos omissos em nosso caminhar
De ventura com tantas indecisões queremos chegar
Tudo é tão irresoluto que retornamos ao nosso limiar
De vida, glória e prazer
Sem aflições com intenções
Relevância do ser mutante
Sem atingi-lo, pois estais tão distante
Sentimento arredio
Que me faz retornar
Embora involuntário me exponha ao vento
Sem deixar rastro de ilusão.