sábado, 13 de outubro de 2012

SABERES




Acolhi o dia com raios do sol a iluminar
Teus pensamentos
Teus costumes
Tuas conversas a se dissiparem
Entre rodas de conversas que atam elos de conhecimentos
Acolhi a lua com teu brilho
Que exalam  luzes  as sabedorias que se agregam em busca do florescer
De contos repassados no tênue caminhar
Espalhando verdades que  vão frutificar
Frutos que seriam acolhidos para quem na roda entrar
E se difundirem  pelos caminhos aonde esta roda passar
Seja como o sol a brilhar
Fazendo com que tua estrada seja sempre iluminada
E este ciclo fique sempre a se propagar
Faça a roda girar e soltar seus saberes
Que serão acolhidos por quem desejar...

Margarida Cabral

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

RODA DE FITA

Faça uma roda

Que pode ser feita com um laço de fita em várias cores

Aperte os nós como fossem  as mãos entrelaçadas

Deixe o sentimento de união se sobrepor

Comecem a girar...

Sinta a emoção penetrar no círculo da roda

E vá distribuindo laço de fita para simbolizar a união

De verdades

De acolhimento

De saudação

Fazendo com que todos fiquem unidos

Com os nós do coração

Margarida Cabral

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

COTIDIANO AMOR


Cotidiano amor


Corpos que se encontram
Sem tempo determinado
Tudo aconteceu ao acaso
Aos poucos foi fluindo um enlace com muito ardor
O amor chegou e nunca mais se ausentou
Os corpos continuam se aquecendo
No cotidiano amor
Não dando importância ao tempo que passou
Exalam carinhos
E se firmam num só caminho
Cintilando chamas que incendeiam  sua alcova em raios de amor
Brilhos que refletem em cada olhar
Fazendo de tua moradia um doce lar
Abraços que se envolvem com  espontaneidade
Sem trazer lamentos ou saudades
A constância fazem dos amantes uma raridade
Que tendem a se perpetuarem por toda eternidade

Margarida Cabral


segunda-feira, 8 de outubro de 2012

`PÉ DE ESCADA








Pé de escada  foi onde tudo começou
Conversa improvisada que se elucidou
Cultivamos uma semente
Em terreno fértil, bem arado
Que logo brotou uma frondosa árvore
Com raízes enfincadas na terra
Como se diz com os pés no chão
Vaidosa não queria ficar  só
A exibir sua beleza
Desejava compartilhar com outras árvores
Pois tinham belos galhos e frutos
Que podiam ser distribuídos ao longo do caminho
Fazendo uma partilha de conhecimentos
Não queria ficar  sozinha
Chamou um vizinho aqui e outro acolá
Araram bem a terra e começaram a plantar
Aos poucos as árvores foram crescendo na sua imponência
Querendo ser gente a se mostrar
Não só mais aos vizinhos, mas em outros terrenos penetrar
Desejando que seus frutos fossem saboreados por outros
Então se formaram uma corrente de galhos enlaçados
De proeza com muita beleza se humanizaram

Margarida Cabral

domingo, 7 de outubro de 2012

FLORES DE AMOR





Enlace o tempo, enlace a vida
Contextua  em um só lugar
Que faça interligações com um laço de fita
Como se fosse um arco-íris de cores
Se transformando em várias flores
De cores diversas a flora no teu jardim
Vendo o pôr do sol a se distanciar
E ficas a se deslumbrar com o amarelo ouro
Que vai transformando-se até chegar a um tesouro
Com sua magia regada de flores
Em cada suspiro  só encontra amores
A flutuar num  jardim  repleto de flores
Que fica a amostrar o coração expandido cores
Que se tonaliza em cores que parecem uma chama de vida
Que se espalham no jardim repleto flores
Desabrochando os amores contidos em ti...

Margarida Cabral

Poetando com Carlinhos do Bento: VOANDO PARA UMA RARA FLOR.

Poetando com Carlinhos do Bento: VOANDO PARA UMA RARA FLOR.: Com as cores de minha imaginação Fui pintando o teu Ser E isto alegrou imensamente Minha vontade de viver. A tela foi ficando linda De...

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

OLHAR




O caminho dos teus olhos tento encontrar
Estão perdidos ao luar
Mas o brilho permanece no teu doce olhar
Cheio de vivacidade
Que ficam a cintilar
Percorrendo caminhos sólidos
Sem se abalar
Nada será ao acaso
Nem tão pouco transitório
São verdadeiras fortalezas intransponíveis
Que só de olhar cai lágrimas dos olhos
Ficamos a nos distanciar
Sem  imaginar que estava tão perto
Deste foco que incidem  em várias cores
Prevalecendo o verde a reluzir
Naquele doce olhar

Margarida Cabral


DESCONTRAÇÃO






quinta-feira, 4 de outubro de 2012

RIO DO AMOR



Escreva , escreva diz o coração
Faça dos pensamentos um rio 
Que segue seu curso indo desagua no leito do coração
Espalhando  verdades que encantam
E solidificando no leito dos rios onde passou
Desencantando a alegria trazendo paz  interior
Desejando ser aquela água límpida onde as impurezas de distanciou
Dando lugar a um jardim florido
Que impera fantasia e amor
Como se fosse um beija-flor a difundir o polén a cada flor
Tudo seria harmonioso
Com muitas crendices a flutuarem
Fazendo muitos risos se soltarem
Muitas mãos se enlaçarem
Fertilizando o amor
Que fica a brotar em nosso interior
Indo desabrochar no rio da vida
Expandindo os elos de união sem nenhum dessabor

Margarida Cabral

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

RECANTOS



Cidades campos e lares
Que surpresa sentir
Quando olhei aqueles campos refleti
Verdes flores a brotar
E nos aqui a te admirar

Aquarela sem fim
Beleza sem igual
Tudo parece colossal

Não te invejo por possui tanta beleza
Faço tudo para viver sem drama ou incerteza 

maio de 1993

Margarida Cabral

MOMENTOS




Idéias que se vão
Idéias que ficam
Neste terrível chão de verão
Só as lembranças glorificam
Passagens aéreas, terreas, não sei de que
Tudo isto estremece todo meu ser
Ser que se estrutura em massa, pedra ou latão
Depende dos sonhos que pairam neste verão


Natal, 13-05-1993

Margarida Cabral

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

TARDE ADORMECIDA


Tarde  adormecida 


A tarde que espaça o tempo
Nada diz de descontentamento
Segue seu ritmo sem dá trela ao vento
Que açoita as folhas caídas no solo das lembranças
Do tempo vivido não esquecendo dos galhos que sustentavam as folhas
A medida que foram caindo se deslocaram do chão
Indo de encontro ao porão do coração buscando a saudade
Vivenciando cada momento que ficam a flutuar entre encantos e desencantos
Sem  afasta-se da memória do tempo
Que se aloca em algum lugar
Seja no passado ou no presente basta um toque de contentamento
Que volta a todo momento a se deslocar
Buscando o refúgio que se aglomera em torno do coração
Fazendo círculos de esperanças
Se renovando ao lapidar do tempo

Margarida Cabral

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

REVELAÇÃO




Nada mais seremos se não acreditarmos em nosso eu
Na busca do ser, às vezes tão longe de difícil acesso
Quando digo ser não é aquele pelo o qual nos apaixonamos
E, sim aquele ser que habita em nos
Que fica escondido, entranhado temendo aparecer
Se esconde do sol, da lua...
Não fita as montanhas,
Não beija uma flor,
Se perde no tempo com cara de vento
Não denota uma preocupação consigo
Esquece dos amigos
E nem fala com quem lhe deu a mão
Ser que corre solto
Que faz da noite um açoite
Queremos ti buscar
Para expôr teus problemas
Queremos  ti ajudar
Fazer da vida um jardim
Onde floresçam rosas de união
Que passem de mão em mão
E que sejam depositadas
Na raiz do coração
Sem ocultação...

Margarida Cabral

Olhar interior