domingo, 29 de abril de 2012

QUADROS








ILUSÃO
Se faz presente acreditar
Que suas mãos são capazes de realizar
As ilusões do tempo
Que flui no presente
Não podemos guardar...


                                     

Tempo
Que passa atenuando o fazer
Dando asas ao querer
Sem desaguar em tédio
Ressurgindo do nada transformando -se sem mistério
Em cores que relevam o coração
Dando evasão ao tempo
Sem destino
Se doando em linhas
Que transborda em uma aquarela
Dando vida as cores do coração...

Margarida Cabral















Margarida Cabral

Quadros

O POÇO

DE PABLO NERUDA

Cais, às vezes, afundas
em teu fosso de silêncio,
em teu abismo de orgulhosa cólera,
e mal consegues
voltar, trazendo restos
do que achaste
pelas profunduras da tua existência.
Meu amor, o que encontras
em teu poço fechado?
Algas, pântanos, rochas?
O que vês, de olhos cegos,
rancorosa e ferida?
Não acharás, amor,
no poço em que cais
o que na altura guardo para ti:
um ramo de jasmins todo orvalhado,
um beijo mais profundo que esse abismo.
Não me temas, não caias
de novo em teu rancor.
Sacode a minha palavra que te veio ferir
e deixa que ela voe pela janela aberta.
Ela voltará a ferir-me
sem que tu a dirijas,
porque foi carregada com um instante duro
e esse instante será desarmado em meu peito.
Radiosa me sorri
se minha boca fere.
Não sou um pastor doce
como em contos de fadas,
mas um lenhador que comparte contigo
terras, vento e espinhos das montanhas.
Dá-me amor, me sorri
e me ajuda a ser bom.
Não te firas em mim, seria inútil,
não me firas a mim porque te feres.

Compartilhado por Margarida Cabral

quinta-feira, 26 de abril de 2012

FLOR

Um perfume de uma flor como é bom  sentir
Sensibilizar o olfato sem se confundir
Inale o perfume de  Carmélia, margarida, cravos e rosas
Deixe o perfume penetrar no seu corpo
Num tênue e delicioso bem estar
Sinta a natureza ao seu redor
Deixe o perfume fazer parte de ti
Percorra montes e montanhas a procura de uma flor
Seja tal qual um beija-flor que  cheira a rosa e espalha o amor
Deixe o pólen se espalhar no teu caminhar
Difundindo o perfume que chega ao coração
Transformando a natureza num buquê de felicidade
Espalhando o amor e a saudade...

Margarida Cabral


quarta-feira, 25 de abril de 2012

TEMPO DE VIDA

Anos que passam muitas vezes sem sentir
Deixa o tempo corroer para se ter um novo ressurgir
De proeza, de amor, sem nenhuma centelha ou sentir dor
Enfados de tempo que destempera num entardecer
Esperando a lua surgir...para deslumbrar o amanhecer
Nascemos com o sol com teu brilho a nos espelhar
Caminhamos com a lua para tranquilizar
O calor da noite entre nuvens ondulantes tudo se torna prisma desejante
Angariar o tempo em busca de refúgio
Que acaricia o corpo em ternas emoções
De verdades, vaidades...
Sentimentos que rompem barreiras intransponíveis
Rastejar sem pranto ou solidão

Margarida Cabral

TEMPO DE VIDA

Anos que passam muitas vezes sem sentir
Deixa o tempo corroer para se ter um novo ressurgir
De proeza, de amor, sem nenhuma centelha ou sentir dor
Enfados de tempo que destempera num entardecer
Esperando a lua surgir...para deslumbrar o amanhecer
Nascemos com o sol com teu brilho a nos espelhar
Caminhamos com a lua para tranquilizar
O calor da noite entre nuvens ondulantes tudo se torna prisma desejante
Angariar o tempo em busca de refúgio
Que acaricia o corpo em ternas emoções
De verdades, vaidades...
Sentimentos que rompem barreiras intransponíveis
Rastejar sem pranto ou solidão

Margarida Cabral

terça-feira, 24 de abril de 2012

Banda Trimus - Será (Legião Urbana)

SOLIDÃO

Só,  sozinho, solidão
Às vezes isto  transparece em nosso chão
Sem destino queimando  os sonhos atordoados que se vão...
Em busca de um acalanto, melodia ou canção ...
Que passa entre os dedos fugindo do alcance das mãos
Indo embalar no cantinho do coração
Sem mágoas ou desatino clamando perdão
Caminhando com leveza sobre a relva deslumbrante
Fazendo caminhos floridos
Num nicho de desilusões
Tudo segue em desalinho
Chama a esperança e volta  se ordenar
Seguindo um caminhar de luz
Sem dizer não a ilusão...

Margarida Cabral

sábado, 21 de abril de 2012

CONFIANÇA


Ao amanhecer
Ao poente
Ao anoitecer
Surgir do nada
Acreditar no tudo...
Alegrias oriundas de pensamentos sólidos
Sem desnudar no tempo
Incorporando o córrego que corre sem desvio do teu eu
Entre dedos soltos, leves e deslizantes
Sonhadores e deslumbrantes
Sem respingar no solo árido
Em lágrimas, água ou suor
Delirar no tempo
Sem subterfúgio do ressurgir
Enfadonho conselheiro
Com teus momentos lúcidos
Destemperes remontantes
Atingindo o coliseu
Entre espaços aveludantes
Seguir o clarão dando passos largos ao futuro
De esperanças, saudades e prazer.

Margarida Cabral


quarta-feira, 18 de abril de 2012

VISÃO DA VIDA


Visão da fonte luminosa
Que incendei meu coração
Criando uma turbulência
Sem dizer não
Visão de mim
Do meu ser que se alterna no tempo
Tentando criar, interagir no circulo
 De seres  humanos, abstratos de sentimentos
Iludidos pelo consumo dos seus afazeres
Deixando de lado o elo de comunicação
Se prendendo no teu mundo que é pura ilusão
De crença
De amores
De solidão...
Há visão de mim que saboreia o viver
Se entrelaçando ao tempo
Não dando espaço ao ferrugem
Que é só destruição...
Fazendo da vida um véu
Que terce a minha visão

Margarida Cabral

Siri Poeta: Céu de Passarinho.

Siri Poeta: Céu de Passarinho.: Será que passarinho tem alma? Será que existe um céu dos passarinhos? Acho que aquele que não consegue mais voar prefere ir pra lá,porque...

terça-feira, 17 de abril de 2012

TEMPO QUE PASSA




Tempo  que passa 



Passa, passa tempo
Deixar o tempo passar
Passa, passa tempo
Deixar a saudade fluir
Passa, passa tempo
Deixar a saudade ficar
Morando no meu peito e exalar...
Passa, passa tempo na medida certa
Dando evasão aos sonhos adormecidos
Passa, passa tempo deixar os sonhos brotarem
Entre ninhos de pássaros e flores
Passa, passa tempo
Não deixe adormecer
Deixe transbordar e acontecer

Margarida Cabral

quinta-feira, 12 de abril de 2012

DOCE VIVER

Quantas vezes ficamos a nos perguntar como seria mais fácil não se notar, se perder no meio do tempo
dando evasão aos sonhos e se perdendo na solidão, do  quarto da sala  ou do jardim, se refugiando num aconchego sem manta e sem Carmim. Então poderíamos ser assim:

Doce como um doce
Doce de vida
Doce de solidão
Doce de açoite que eternizar meu coração
Doce de dengo
Doce de ternura
Doce de lamentos
Doce de pensamentos
Doce de amarguras
Doce de encantos
Doce de lágrimas que rolam no rosto
Doce lenço que sugar as lágrimas
Doce aperto de mão que solidifica uma ilusão
Doce olhar que se perde no tempo...
Que tênue firmamento
Como é bom sentir está ilusão...

Margarida Cabral

Olhar interior