Magia
Recanto atordoante
Fiz minha morada por um instante
No carisma que se faz ao entardecer
Margeando os dizeres
Das falas contidas
Dos gestos articulados
Da vivência com alegria
No picadeiro do circo com a evolução da magia
Que desencadeia com o néctar de cada manhã
Acendendo o candieiro ao final do dia
Sem demonstrar melancolia
No refúgio do anoitecer
Interagindo com o céu estrelado
Que no afago da noite segue o teu ser
Encharcando o firmamento com pétalas de amor
A se proteger do frio noturno
Como se fosse um cobertor
Cobrindo o corpo e a alma por inteiro
Sem fantasiar o tempo
Contemplando cada momento com as vestes de amor
Margarida Cabral
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