quarta-feira, 4 de setembro de 2019

Espera




Aguardo no silêncio

Da mansidão

Dando trégua ao tempo

Na espera da explosão

Que pode ser de gestos

Da linguagem

Do espiar longínquo

Açoitando o vazio da estrada

De vez em quando dou uma olhada na encruzilhada

Querendo ver até uma miragem

No deserto da solidão

Mas a nuvem vem de passagem fazendo respingar no coração

Dando um brilho na caminhada


Margarida Cabral

Nenhum comentário:

Postar um comentário