quarta-feira, 26 de junho de 2013

CONVERSAS AO VENTO




Conversas ao vento 

Queria  ser um fidalgo e sair pelo mundo a velejar
Passei em alguns canteiros tentando me encontrar
Vi campos floridos, outros sem vegetação como eram similares ao meu coração
Ouvir vários idiomas sem me encantar por nenhum
Senti  falta do português que ficou pra trás
Eram tantas saudades que pensava em desistir
Mas o impulso de vê o mundo era mais forte
Continuei a velejar fitei belos jardins com belas rosas que tranquilizavam o coração
Abracei a neve como uma ilusão
Me veio a lembrança daquele algodão doce
Tão apreciado nos tempos de criança
 Queria ter a certeza que podia me sobressair
Da aventura altaneira que me fez ressurgir
Queria encontrar amores diferentes dos que deixei ao léu
Encontrar um novo lar sem cara de pastel
Os dias se passaram, mas a saudade falou mais forte
Dei meia volta e voltei ao meu repouso
De tanta saudade sentir um aperto no coração
Que bateu tão forte quase me faltava a respiração
Então fiz uma reflexão
Valorizando o que eu tinha em minhas mãos




                                                                              Margarida Maria Tinôco Cabral Souza

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