sábado, 26 de maio de 2012

SONHOS

Os sonhos  que ficaram
Não puderam transparecer
Ficaram ao vento no completo amanhecer

Ilusões polidas que se perderam no ocaso
Não concluídas bloqueadas, interrompidas
Meras fantasias desiludidas

Anos perdidos iludidos
Alusivos neste sistema falido
Aonde o alvorecer é sempre esquecido

Luz da minha vida
Guia os meus passos
Enaltece o  meu ser
Diante de tanta ironia
Nós queremos é crescer

Sonhos esquecidos
Embutidos que não tiveram chance de aparecer
Com o tempo foram moldados
Entranhados e permanecem a se esconder.

Natal, 14 de maio de 1993.

Margarida Cabral

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