quarta-feira, 8 de junho de 2016
domingo, 5 de junho de 2016
ANDANÇA
Retrato do tempo que me conduz
Há um lugar de muita luz
Sinto o pulsar dos anos
Das crendices de criança
Do alvorecer da juventude
E do caminhar da maturidade
Sinto o nevoeiro do tempo
Fito sem precipitação
Ainda existe muito o que velejar
Entre canteiros e roseiras volto a repensar
No que fui
No que sou
No amanhã aveludado
Naquele cantinho que falta aprimorar
O tempo pode até exaurir -se
Mas o código do caminhar quem dita é você
Com maestria escolhe o tom que queres
Se é azul ou amarelo ou um vasto arco-íris
Que atiça a iris a colorir o interior
Margarida Cabral
terça-feira, 31 de maio de 2016
CAMINHOS
Avança o tempo no arvoredo
Enrosco-me no tédio
Aventuro-me pelo celeiro
Ah! Canteiro de luz
Levanto o pó sem ter temor
Arisco-me pela areia e agito até a poeira levantar
Com um sublime olhar
Nas tendas do tempo
Que faz-me flutuar
Entre rios e riachos
Estendo os pensamentos num tênue caminho
Aventuro-me pela ladeira sem parar
Aí chega o cansaço então volto a silenciar
Sem impor regras ou costumes
Deixo-me levar
Por caminhos virtuosos
E jogo-me no mar
Com teu azul brilhante continuo a me aventurar
Entre a solidez do tempo
Deslizo-me na rua indo dá de cara com a lua
Permaneço a caminhar
Margarida Cabral
quarta-feira, 25 de maio de 2016
SERTANEJO
Casa, caatinga, doce olhar
Pastagens verdes a mirar
Sol efervescente a brilhar
Correnteza do rio a desembarcar
No vilarejo, na montanha e no mar
Deixando tudo verdinho para o arado
Pega a enxada e começa a cavar
No sol queimador a pingar o suor pra lavar a testa
Mas o sertanejo é valente e persiste no seu plantio
Com a esperança de uma boa colheita
De milho, batata e feijão...
E começa a comemoração com muita sanfona
Pra sacudir a poeira
Com seu eterno forrozão
Margarida Cabral
terça-feira, 24 de maio de 2016
REFLEXÃO INTERIOR
Quando cresci queria ser forte
Feito uma Fortaleza
Cercado de monumentos feito de tijolos
E não de papel
Hoje vejo -me diante de pedrinhas
A tecer pequenas mais valiosas coisas
Tendo a chance de escolher
Da rocha ao molusco
Quanta grandeza pra apreciar
Sem desvirtuar das escolhas que apresentam-se diante de mim
Nem tudo é cristal
Mas posso tentar angariar
Até imaginar
As pedrinhas que tento seguir
Margarida Cabral
terça-feira, 17 de maio de 2016
ALMA ILUMINADA
Casa ,alpendre pra debruçar os pensamentos
Com muita luz
Tudo me leva a te Jesus
Garimpando pelo dia que temos que aventurar
Sem nenhuma melancolia tenho a te pra mim lumiar
A luz que vêm do infindo céu
Tão nobre e verdadeira
Me migra na centelha do olhar
Sem trapaças ou entrelinhas
Com o coração nobre
Sem desilusão
Com a certeza de escalar o monte e velejar nesta luz
Margarida Cabral?
Com muita luz
Tudo me leva a te Jesus
Garimpando pelo dia que temos que aventurar
Sem nenhuma melancolia tenho a te pra mim lumiar
A luz que vêm do infindo céu
Tão nobre e verdadeira
Me migra na centelha do olhar
Sem trapaças ou entrelinhas
Com o coração nobre
Sem desilusão
Com a certeza de escalar o monte e velejar nesta luz
Margarida Cabral?
domingo, 15 de maio de 2016
Apreciação
O tempo e vento me faz caminhar
Um passo aqui outro acolá mas chego lá
Me empolgo com o dia
Com o teu clarão brilhante
Que lumia a mente
E fico a acariciar
As lembranças oscilatórias
Não é dengo nem exclusão
São como pingos de chuva
Pra molhar as recordações
Que vão se empilhando aos poucos
E fico a vasculhar
A ternura
O olhar
O acordar longínquo
Que altivo despertar
Com a solidez do tempo
Que encantamento
Chacoalhando os folhetins
Que estavam a dormir
Margarida Cabral
sexta-feira, 13 de maio de 2016
MEMÓRIA
Divino se diz
Divino se faz
No decorrer do tempo aguça muito mais
Nas entrelinhas do tempo
No afugentar do percurso
Enobrece o brilho
Enaltece o olhar
Na linha imaginária do horizonte
Ergue a mão nos folhetos jogados ao vento
Busca a ternura e o olhar
Selecionando alguma centelha pra te avivar
A memória
O coração
Que às vezes se perdem no tempo tragando alguma ilusão
Do virtuoso sem sedução
Lapidando resíduos pra não magoar o coração
Margarida Cabral
sábado, 7 de maio de 2016
MÃE
Mãe é ternura
É o olhar longínquo que não tem hora de acabar
São os ensinamentos infindos
É ter sempre o coração aberto repleto de esplendor
É o nicho acolhedor
Aonde habita o amor
Mãe é como pétalas de rosas
A colorir cada filho com sua gratidão
É a paciência sem igual
Tem uma sapiência sem nenhuma graduação
Que todos nos alocamos no coração
Margarida Cabral
quinta-feira, 5 de maio de 2016
domingo, 1 de maio de 2016
MOMENTOS
Chega de pensar
Chega de refletir
Caminhas sem destino
E deixa seguir
Entre rios e cascatas
Onde os pássaros passam em revoadas
E deixa seguir
No florescer do tempo
Entre rosas e roseiras
Pelas ruas sem calçadas
Acariciando a areia no toque leve dos pés
E deixa seguir
Até a água da fonte
Que nos leva ao monte pra mirar o pôr do sol
Tomar banho de cachoeira
Passear de charrete descendo uma ladeira
Subir a ribanceira num fôlego só
Mas deixa seguir
Margarida Cabral
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