quarta-feira, 10 de junho de 2015

REBENTO

REBENTO
Vai caminha se desliza pelo tempo
Tal qual o vento não retornas mais
Acaricia cada passagem
Tudo parece uma miragem
Mas o rebento dos anos se agregam
Transpassa a ventania
O entorno é só harmonia
A gotejar no telhado que não se fragilizou
São gotas cristalinas a memorizar a linha do tempo
   Margarida Tinoco Cabral

quarta-feira, 3 de junho de 2015

ANOS VIVIDOS

 Anos que passam acalenta o meu ser
Entre névoa e canteiro caminho sim
O tempo vai se gastando e ficamos a assimilar
Não é só um nevoeiro são fios de luzes que acendem a cada passagem
De vida
De caminhada
De encontros
De desencontros
De saberes assimilados e dissipados
Tentamos ajustar o tempo pra não desgastar
Atenuando cada passagem como um canteiro de rosas aproveitando o momento do desabrochar das rosas
É como fosse o florir da juventude
Que vai se exaurindo com o cai das pétalas
Revitalize o tempo a cada manhã
Respire profundamente sentindo o aroma de um novo dia
Agarre a garça pela manhã
E viva o tempo sem desperdício!





Margarida Tinoco Cabral

terça-feira, 2 de junho de 2015

TEMPO

Tempo verde
Tempo azul
No arco-íris velejo em tuas cores
Ávido de esperança
Na crença do viver continuo a navegar
Piso aqui, piso acolá
Marcando com flores o caminhar
Me encanto com cada amanhecer
Que me enche de luz o viver
Entre traços de tempo vastos
Que se agita no meio de flores
Contínuo a acreditar
No tempo reimoso e faço tudo pra este sonho acordar.

                Margarida Tinoco Cabral

quinta-feira, 14 de maio de 2015

HORIZONTE


                   

Horizonte

 

Flor de campo

Flor de luz

Canto, canteiro leito de amor.

Harmonizar o tempo com o cheiro do beija flor

Lapidando as rosas exalando o perfume pelo caminho

Segue o teu tino com deslumbre

Sem desnudar o tempo do teu eixo

Aguça a natureza no tempo integral

Varrendo caminho

Gotejando rosas onde passar

Pétalas por pétalas até formar um nevoeiro de rosas

A espalhar rastos de esperança

Ternura

Saudade

Contentamento

Até inundar a alma com pétalas de amor


                     Margarida Cabral

quarta-feira, 29 de abril de 2015

RECANTO DA ALMA

                       


Canto ,recanto cantador
Alegro o tino sem destino
Agito o leme pra direcionar o vento
Sento e vejo o agito chegar
A rotear o horizonte
Sentindo o flagelo fazer eco no céu
Tendo a ilusão do fitar
Com  cara de musa
Sem cores
Não sinto vibrar
No resguardar da alma
Similar às nuanças da solidão
Que intercala no monte
E adormece na auréola do coração
Afugentando a tenência que permeia no lago da ilusão
Criando cores e ritmos pra solidificar a razão.


                          Margarida Cabral 

quinta-feira, 16 de abril de 2015

RENOVAÇÃO





 Passa o tempo descalço os pés
Sinto a firmeza no horizonte
Que se ilumia
Me aconchego num lado me debruço pra outro
Tento me encontrar
Na encruzilhada do tempo onde sopra o vento
Quero me firmar
Na centelha de esperança que se vai na lembrança
Respiro um pouco sem olhar pra trás
Aguado um pouco dou uma pisada aqui outra acolá
Molho os pés no riacho
Dou um mergulho insano até encharcar
Renovação de pele que limpa a alma e deságua no coração
Iluminando o dia sem ilusão


Margarida Tinoco Cabral



terça-feira, 14 de abril de 2015

Vento
Sopro do vento
Vertente de olhar
Assobio no tempo
Sem hora pra acordar
Pega o cobertor e agita
Feito ondas a deslizar sobre o corpo
Que agora desnudo porém refeito
Dos ares do tempo
Da turbulência do olhar
Do enfado arredio
Volto a me encontrar!

Margarida Tinoco Cabral

sábado, 4 de abril de 2015

Arrepio

Agito de mãos 
Ternura no olhar
Clamar por solidez 
Botão de rosa a colorir o jardim
Sol que ilumina a janela 
E me faz acordar
Reflexão de tempo de gente a passar
Cada  ganância
Não se deixam enganar
No sumiço da flor
Que ficou presa no canteiro
A procura de luz no candinheiro
Pra lumiar o resto de luz que lateja no coração
Sem promessa ou galanteio dos ilhados do tempo
Que aprecia a nitidez sem borrão 
Atiça a teia e a faça direcionar 
Forme um enovelado de verdades
Que transpire em córregos límpidos
Atrelado a vertente que brota no coração

        Margarida  Cabral

segunda-feira, 23 de março de 2015

SEDUÇÃO



                                               Sedução


No crepúsculo do tempo fico a meditar
Naquele céu estrelado que me faz sonhar
Com a nuvem branca que flutua no ar
Trazendo a imagem daquele chão estrelado que ficou a saltitar
São momentos únicos e verdadeiros
Não desejo perdê-los, e sim ficar o tempo inteiro.
Sem angustiar o coração
Desejo ampliar o tempo
E sentir os desejos se alojar na minha mão
Sem nenhuma precipitação
Com o caminhar do tempo fico a desejar
Que estes momentos tomem conta de mim por inteiro
Faça-me sentir sem timidez
O que quero encontrar
Seja na relva
Seja no mar
Basta um sopro do vento para idealizar
Aqueles desejos incutidos que voltam a brotarem


Margarida Tinôco Cabral

quinta-feira, 19 de março de 2015

AGITO





Agito


Saúda o tempo
Atiça o olhar
Não importa a cor a visualizar
Pode ser verde,  vermelha ou azul
Deixa este arco íris difundir no teu caminhar
Se jogue ao vento e se deixe levar
Ao sonho azul que consola o coração
Se deslumbre com o vermelho
Envolva-se com a esperança do verde
Vá enovelando -se sem enrolação
Veja que tudo na vida passa
Não sinta solidão
Agita teu corpo
E faz da vida uma canção
   
    Margarida Cabral

segunda-feira, 16 de março de 2015

FELICIDADE

FELICIDADE 



Feliz fico ,feliz eu sou
Entre rios e riachos
Vou labutando o amor
 Na rua,  ruela de extensa alegoria
 A se adornar entre lírios e rosas
 Alegra o coração
 Fazendo redomoinho
Na benevolência da paixão
Pulsa, pulsa coração
Confrontando com a rima da batida do coração
 Se sinta feliz
 Sinta o amor
 Aflorir com o sorriso
No elo do amor
 Irradia no tempo
 E carícia o coração com névoa de paixão
[ ]
[ ]              Margarida Tinoco Cabral

sábado, 14 de março de 2015

Dia da Poesia

Só o dilema do viver me faz esquecer das turbulências ditas,  das benditas e faz -me viver!  Viva a poesia!


Margarida Cabral

sexta-feira, 13 de março de 2015

UM



                                               


Não seremos únicos se não podermos ser um só
Na esperteza do tempo alivia o olhar
Regando caminhos navegando no amor
Dinâmica de vento que não afugenta a esperança
Altivo tempo que escala o coração
Brotando rosas abrindo caminhos para delinear o trovão
Se aconchegar no tempo sem se arremessar
Acredita no único sentido que se aloca em algum lugar
Desliza no alvorecer do caminho
Que poderá unificar os corações

                 Margarida Cabral