segunda-feira, 17 de março de 2014

RETALHOS DO TEMPO



                          

Retalhos do tempo 


Quantas vezes fiquei sentada em frente ao espelho
A  perguntar
Será que o tempo passou
Ou passei por ele 
Quantos sonhos invasivos foram desfeitos
Sem perceber
Mais uma vez fico a mirar este espelho
E passo a me perguntar
Reflexões que surgem e começo a indagar
O que foi o ontem
Como está sendo o hoje
Tudo parece um tumulto
Feito uma aquarela de cores
Tenho que me dar conta escolher
Uma será rosa a outra azul
Neste vai e vêm de cores quero me encontrar
Direcionando cada momento ao seu devido lugar
Unificar o contentamento que me leve sem ressentimento
Que seja de certeza
Sem ter a mesa presa a nenhum lugar
Quero flutuar entre as nuvens
Voar feito um passarinho sentido a liberdade no ar
Eu quero é me olhar no espelho e me admirar.

     Margarida Cabral                                      


sexta-feira, 14 de março de 2014

SONHOS ILUMINADOS















                                       


Nada mais sei
Sem nenhum temor
Vê-me diante do deserto, ou num jardim cheio de flor.
Onde se espalhem os risos como um cobertor
Que se expandam pelas asas de um beija-flor
Caminhando pelo leito do rio a mirar o reflexo do sol
Iluminando o caminho como um farol
Ah! Belo clarão que incendeia, chega até atordoar.
Dando forças e vitalidade para continuar
No relampejar do tempo é mais um desafio
Que se abre feito um leque
Denotando diversidades de cores
A colorir o caminhar
Basta o toque do dedo para tudo se enfeitar
Trazendo alegria e se dando as mãos
Num gesto de desejo
Que agita o coração.

Margarida Cabral


POESIA



                           POESIA


Ponto iluminado a mostrar caminhos
Origina versos de luzes
Elevação de sabedoria de cada ser
Simbolismo de ventura a quem escreve
Ilustração de escrita em forma de versos
Aprendizado sem fim a cada escrita de verso.

                        Margarida Cabral


Um pequeno acróstico para iluminar este dia viva a POESIA viva o poeta brasileiro.

quinta-feira, 13 de março de 2014

FLOR DE POESIA








Flor de poesia é um encanto
Que causa admiração
É uma paixão constante
De poder fazer poesia pra você
Meu eterno leitor amigo
Que nos estimula a escrever

                      Margarida Cabral

POESIA



                    POESIA


Fazer poesia é amar a si e aos outros
É brincar com as palavras que soltam-se
E agregam-se trazendo melodias só em olhar
Fazer poesia é falar de amor
É uma exposição de palavras que tantas vezes ficam guardadas
Fazer poesias é se soltar
Sair das amarras e mostrar-se
Pra o mundo, pra vida e pra quem você deseja conquistar.
Fazer poesias é como soltar um buquê de rosas ao ar
E depois atar cada pétala para que não se perca do laço
Fazer poesia é flutuar no tempo sem nenhum desalento
É como tomar um banho na chuva e não querer se enxugar
Fazer poesia é navegar em sonhos dourados fazendo o coração palpitar
Atravessar um deserto sem lástima
Fazer poesia é beber um copo de água para saciar a sede
Só que a poesia sacia com palavras
Que nasce ao longo do dia e adormece na calmaria do anoitecer
Se desprenda do tempo
Se lance ao vento
E comece a escrever...
                          Margarida Cabral







terça-feira, 11 de março de 2014

BAÚ DO TEMPO



                                           BAÚ DO TEMPO



Navego entre canteiros
Navego em alto mar
Miro o verde mar
E passo a semelhar
O verde de teus olhos
Com a cor das ondas do mar
Passo a me refugiar
Sem me ilhar
Quase a deriva
Começo a sonhar
Com o florescer do dia
Que reluz ao brilho do sol
Reativando o tênue caminhar
Que transborda em risos
Fazendo mergulhar
Molhando os nichos que estavam no fundo do mar
E começam a se soltar
Feito um pássaro deslocando-se em um voo ininterrupto
Exalando desejos adormecidos
Que estavam ancorados no fundo do mar
                                                        Margarida Cabral

segunda-feira, 10 de março de 2014

CARTÃO NA MÃO



                   CARTÃO NA MÃO


Estava eu caminhando pra lá e pra cá
A procura de uma unidade de saúde
Pra me consultar
De repente surgi pelo caminho um lugar
Que sai e entra gente por todos os lados
Então falei pra mim
É aqui que vou ficar
Entrei e me deparei com uma moça que falava sem parar
Atenção pessoal estou aqui pra ajudar
Aproximei-me e comecei a falar
Ela disse tenha calma que já, já seu problema vai se resolver.
Chegue aqui e se assente e digas o que sentes
Deu logo uma tremedeira e comecei a falar
Olhe moça estou com uma dor na cabeça
Que começa na testa e vai até a nuca
E não quer parar
Ela logo me deu um cartão amarelo
E disse logo, logo o médico irá atender.
Fui ficando aliviado, pois, sentia que o meu problema ia se resolver.
Às pessoas ao meu redor também tinham cartão
Só que de cores diferentes
Um cartão branco, amarelo e vermelho que logo foi atendido.
Veio à dúvida e comecei a indagar
Então a santa ajuda chegou e começou a explicar
Vocês prestem atenção
Cartão vermelho é uma urgência não dá pra esperar
Cartão amarelo é uma emergência precisa de atendimento, mas dá pra esperar.
Cartão verde encaminhamentos
Cartão azul não é urgência, mas deve ser atendido podendo ser social.
Ah! Entendi como a saúde está
De cartão na mão a coisa começa a se acertar
Como ficar melhor pra se cuidar
Chamado classificação de risco
O usuário ficar bem assistido sem reclamar venha pra unidades é só constatar.


                                                                   Margarida Cabral