segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Ousadia

Eu sou eu
Você é você
Quanta incerteza em cada olhar
De caminhos partidos
Que se perderam nos desencontros
De avenidas ou ruelas
Que ficaram em tempos  sóbrios
De firmes afetos atenuados pelo tempo
Quanta desilusão não inserida no contexto  da paixão
Que se perderam com o tempo no mar da desilusão
Que se expuseram ao relento de solidão
Sem agregar algemas de compaixão
Continuando no firme propósito do bem querer
Sem jamais dizer não ao medo do fazer
Criando espaços ilusórios que vagam no caminhar
De credos antigos e novos que sopram ao vento da imaginação
Reencontrando o equilíbrio de esperanças que ecoaram ao relento
Buscando exalar o tédio que ora impera sem se agregar no seu pensar
Retórica longínquas que tentamos eclodir
Do casuísmo  que se enlaçam que nos impede  de seguir

Margarida Maria Tinôco Cabral Souza





sábado, 1 de outubro de 2011

Noite silenciosa

O silêncio da noite me faz calar

O silêncio da noite me faz ficar

Entre braços partidos acolhidos no cobertor

De sonhos vazios  no olhar longínquo

Crença carente de afeto tênue  que volta para buscar

 Mesmo tão longe me faz recordar

O silêncio da noite me faz relembrar

Do tempo partido que ficou em algum lugar

De crenças antigas ...recentes e até remotas

O silêncio da noite tento buscar

Na alegria perene que reside em qualquer lugar

Seja de chão ou papelão

O que importa é o caminhar

No silêncio da noite tento flutuar

Em sonhos brilhantes de pérolas alucinantes

Que caminha sobre as ondas do verde mar

O silêncio da noite tento me encontrar

Com o meu eu
Sem ser teu quero me encontrar

Margarida Cabral - todos direitos reservados

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

CONVERSA AO VENTO



Meu cantinho é meu aconchego, o meu tudo ou o meu nada que às vezes se desagua em lágrimas quando dou volta pelo tempo, tudo reluz como um firmamento de inúmeras estrelas como se fosse cada  etapa de nossa vida tão corriqueira.Digo também que é o meu bem querer de acreditar em tempos melhores sem desviar o caminho de esperança que acolhe o vento aglutinando os seres num dilúvio de amor.
Margarida M Tinôco C Souza


Cantinho aonde me chego e ficou a imaginar no tempo que se foi e tento relembrar com vaidade e saudade de voltar , porém vamos retornar a realidade e se deixar levar pela saudade...

Margarida












     Poesia é isto saudade, ilusão, criação , é o longe o perto.

Margarida

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Conversa ao vento

Meu cantinho é assim me ajuda a esquecer as mágoas, afastar as tristezas que uma vez ou outra transborda em nosso viver, de outros  que nos faz repensar nas ações realizadas e as que não foram concluídas que algumas vezes se dissipam no templo de fantasias não findas que temos que retornar.

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

ILUSÕES


Amor incutido

Temido que incendeia nossa alma

Sem pedi licença para entrar



Devasta nosso cabelo

Destrói nossos pêlos sem pensar

Gritar por liberdade

Sem assumir a identidade



Glamour de uma vida incessante

Sem ternura, porém brilhante

De tanto tentar



Chegar perto sem assumir

Ficar distante sem desistir

Não se cansa e continua a lutar

Luta pelo ser pensante que esta tão distante

E ficamos a imaginar

No bosque, praia , multidão

Continuamos a te buscar

Trazer para este clima contagiante que anima até quem nunca esteve lá.

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Colibri




Mais um ano de saudades!



Colibri 





Eu vi um colibri no alto da montanha
Eu vi um colibri banhado de neve
Que me fez sorrir
Era um dia claro encantador
Que agitou meu ser como um dilúvio em flor
Senti o vento soprando a me envolver
Seguindo em desalinho dando espaço ao tempo sem se perder
Eu vi um colibri com lágrimas nos olhos
Mas mesmo assim me fez sorrir
Meio  sem graça sem dizer não ao tormento que estava  em mim
Eu vi um colibri enfeitado com laço de fita falando de amor
À noite não tarda em chegar e tu estavas ali sem pestanear
Eu vi um colibri sair em busca do teu bem querer
Agitando as asas sem sem dizer uma palavra e partiu
Não disse um adeus deixando os seus com saudades e voou

 


Margarida Cabral