segunda-feira, 21 de fevereiro de 2022

Cores do coração


 Cores do coração 



No arco-íris da vida vou saboreando cada cor
Do azul com ares de nublado ao vermelho alegórico
O amarelo com seus raios luminosos a irradiar reflexos ao coração 
De vez em quando para amonar  a alma irradia um azulado 
Que aos poucos ameniza dando aquela  acalmada ao espírito 
Na nascente do dia me deparo com o clarão amarelado 
Emitindo energia de contentamento 
Na caminhada vamos assimilando cada passagem 
Que  vai delineando o olhar 
No fixar de cores que renova as vestes aderidas ao corpo 
Não tarda mas chega para abrilhantar a caminhada 
Com a vibração de cores dando conexão ao limiar da imaginação 
Nos enfeites de cada dia adornando o varal do tempo 
Com tonalidades que revigora a alma
A alegrar de vermelho a chama adormecida 
Despertando o viver que existe em você 

Margarida Cabral 


sexta-feira, 18 de fevereiro de 2022

Me faço


 Me faço 



Faço, 
Vejo,
Sinto ,
Que exclamação no dizer 
No esperançoso tempo
Tantas coisas boas pra acontecer 
Do lírio do campo a  paz do canteiro 
As vestes de cada dia nunca se cansa de trocar 
Se aventurar no deleito de cada manhã 
No fazer do cotidiano me faço sentir 
Refazendo cada instante sem parecer inconstante 
Satisfação da alma na calma constante
Almeja sossego por um instante 
Na calmaria do Espírito a brilhar como se fosse um brilhante 
A citilar na ternura do olhar
No abraço que aperta o peito 
Alusivo ao flutuador do tempo 
Que acende uma fogueira no coração
Deixando a chama acesa no filamento do ser

Margarida Cabral 




sábado, 12 de fevereiro de 2022

Olhar


 Olhar



Ensaio  de mim
Me faça ficar assim 
Deixa-me sair de mim
Agariar outros canteiros 
Dando voltas ao redor
Que circundam por aí 
Indo até a fonte se embebedar com um gole d'água 
Sugando as mágoas que ficaram pelo caminho 
Se desfazendo dos cordões que se prediam no olhar
Abrindo leques no firmamento
Enxergando o arco-íris em vários tons
Sentido as cores da vaidade com sutileza 
Sem perder a simplicidade do caminhar 
Pisar no chão de terra batida sentindo-se com os pés no chão 
No sustentáculo do tempo se abrace com teu sorriso 
Vivenciando o encanto que é  sair de você 

Margarida Cabral 


quinta-feira, 10 de fevereiro de 2022

Sentimento de luz


 Sentimento de luz




Só, Sinto-me 
Canto ...
Alegria ...
No decorrer de cada dia
Vou seguindo pela estrada 
Sem cansaço   ... sou escuto o sopro do vento 
Que traz luz de despertar 
Com o brilho do cristal a encadear o olhar
Mas logo,logo  volta a direcionar a nalgum lugar 
Com estipes novas de vegetações que salta ao coração 
Nova roupagem de corpo e alma
Tocando lá no Espírito com água branca
Fecundo tempo que transporta o ser pra outro viver 
Com mais fé e esperança 
De acreditar que o viver pode ser um perpétuo caminho de luz


Margarida Cabral 



terça-feira, 8 de fevereiro de 2022

O que foi


 O que foi




Vejo o sol
Vejo a lua
De vez em quando me deparo com a porta  da rua
Que está nua
De preconceito 
De respeito 
Do direito que se foi
Da ocultação da verdade 
Do caminhar de cada um
Da ladeira abaixo
De rua acima 
Que ficou na esquina 
Na dependência da ventania 
Do agito do caracol 
A se deparar como farol
Pra iluminar o dia
Na ânsia da claridade 
Que passa pela cabeça 
Arrebentando a cabeleira 
Tingida do tempo 
Dar uma olhada pro  céu e se enche de firmamento 
O que foi 


Margarida Cabral 







sexta-feira, 4 de fevereiro de 2022

Encantamento


 Encantamento 


O encanto do coração 
Foge algumas vezes a razão ou não 
Do de se apaixonar 
Por uma flor 
Com o nascer do sol
Indo até o adormecer 
Até encontrar você 
No lumiar da paixão 
Que ilumina os olhos
Dando vestes aos sentidos 
E se esparramando de paixão 
No colorir das estrelas 
Na nascente do rio
Com o encantamento da relva
Colorindo o arco-íris do tempo 
Com o sorriso 
No citilar do olhar
Com o nascer do adormecido nevoeiro 
Que cercava a muralha o tempo inteiro 
Foi dando espaço aos raios de sol  Que sacudiu o remanso tempo com a luz do coração 
Até se transformar num penhasco de pensamentos não ilusórios 
Mas que sejam desejosos  
Saltitantes 
Que a embriaguez seja sentida
E acolhida com nobre sentimento 
Vestindo-se com alegoria a espalhar amores na passarela da vida 


Margarida Cabral 

Dito


 Dito


Às vezes o dito não dito aquece a alma
Pode chegar até ficar envaidecido o coração 
Diante do dito que não foi dito fica de palavras na mão 
Com tanta gesticulação que encadeia da cabeça aos pés 
Como se fosse um viés
Dando enfeites aos sentidos 
Que não sai da escuta do que pode vir
De ares bondosos que se espalham feito um vento de chuva 
Não deixando de jorrar por aí 
Com pingos adocicados 
Dando sabores ao viver


Margarida Cabral 

Olhar interior