terça-feira, 8 de fevereiro de 2022

O que foi


 O que foi




Vejo o sol
Vejo a lua
De vez em quando me deparo com a porta  da rua
Que está nua
De preconceito 
De respeito 
Do direito que se foi
Da ocultação da verdade 
Do caminhar de cada um
Da ladeira abaixo
De rua acima 
Que ficou na esquina 
Na dependência da ventania 
Do agito do caracol 
A se deparar como farol
Pra iluminar o dia
Na ânsia da claridade 
Que passa pela cabeça 
Arrebentando a cabeleira 
Tingida do tempo 
Dar uma olhada pro  céu e se enche de firmamento 
O que foi 


Margarida Cabral 







sexta-feira, 4 de fevereiro de 2022

Encantamento


 Encantamento 


O encanto do coração 
Foge algumas vezes a razão ou não 
Do de se apaixonar 
Por uma flor 
Com o nascer do sol
Indo até o adormecer 
Até encontrar você 
No lumiar da paixão 
Que ilumina os olhos
Dando vestes aos sentidos 
E se esparramando de paixão 
No colorir das estrelas 
Na nascente do rio
Com o encantamento da relva
Colorindo o arco-íris do tempo 
Com o sorriso 
No citilar do olhar
Com o nascer do adormecido nevoeiro 
Que cercava a muralha o tempo inteiro 
Foi dando espaço aos raios de sol  Que sacudiu o remanso tempo com a luz do coração 
Até se transformar num penhasco de pensamentos não ilusórios 
Mas que sejam desejosos  
Saltitantes 
Que a embriaguez seja sentida
E acolhida com nobre sentimento 
Vestindo-se com alegoria a espalhar amores na passarela da vida 


Margarida Cabral 

Dito


 Dito


Às vezes o dito não dito aquece a alma
Pode chegar até ficar envaidecido o coração 
Diante do dito que não foi dito fica de palavras na mão 
Com tanta gesticulação que encadeia da cabeça aos pés 
Como se fosse um viés
Dando enfeites aos sentidos 
Que não sai da escuta do que pode vir
De ares bondosos que se espalham feito um vento de chuva 
Não deixando de jorrar por aí 
Com pingos adocicados 
Dando sabores ao viver


Margarida Cabral 

segunda-feira, 31 de janeiro de 2022

Eco


 Eco



Vida , eco, ilusão 
Tanta pressa que deixa o sorriso na mão 
Do terno olhar a espiar com atenção 
Do caminho adormecido 
Que se ocultava sem transparecer 
Mas em teu íntimo ficava acordado só pra você 
O adormecer do tempo vai fazendo morada 
Não olhe nem para trás 
Segue agarinhando vivência
No soprar das folhas que se espalham pelo caminho 
Feito páginas da vida 
Que vai delineando o  viver 
Na escuta do teu eco
Que olha pra você 

Margarida Cabral 

 








quinta-feira, 27 de janeiro de 2022

Tempo

Tempo

Ah! Tempo, tempo
Me faça um sorriso 
Que acalme a alma 
E dar compasso ao coração 
Que às vezes  se agita com tanta passagem 
Que passa tão veloz 
Que não sentimos o acender do farol
A sinalizar que o tempo passou 
E o violão tocou num compasso só 
Mude o tom e se dar conta que o tempo passou 
A música mudou
O festival do tempo continuou 
O show não para é só renovação 
Não deixa nada adormecido pelo caminho 
Ao acordar é  outro renascer
De caminhos floridos com o adornar das rosas e botões 


Margarida Cabral 











 

domingo, 23 de janeiro de 2022

Agito

Agito 


Sinto 
Falo
Digo
A existência de mim
Rua afora 
Escura
Clara
Violência 
Descaso
Multidão 
Solução 
Ouvidos abertos 
Na escuta do fazer 
Interação do querer
Terreno do tempo 
A espera 
Longa
Curta
Interrogação 
Luz que clareia 
Ideias
Ações 
Agilidade de ser
Abre os olhos 
A enxergar o que fazer
Que benefício 
Solução 
Satisfação 

Margarida Cabral 

 

sábado, 22 de janeiro de 2022

Canto


 Canto


Guia de mim
Onde ir
No sereno da noite
No clarão do dia 
Transparece a magia
Que enche de gostos 
Se livrando dos desgostos 
Nas sutilezas do bem viver 
Na leveza da alma 
Que dá um salto aqui outro lá que acalenta 
Se despi dos infortúnios 
Que transparece na vidraça do tempo 
No depender do estado d'alma 
Revigora teu querer
Dando sabor ao viver
Na jardinagem do tempo 
A colorir o horizonte em cada ser
Em raios que ramifica em cores o céu do coração 
Fazendo uma aquarela cambiante 
Que dissolve em desejo e paixão 
Atenuando repentinamente o viver 


Margarida Cabral 

 

Olhar interior