Pilares
Solo que piso não só por pisar
São pegadas verdadeiras a desbravar
Na luz da aventura
No túnel...na rua escura
Que vai clareando a cada amanhecer
Na gota do orvalho
Fazendo cada dia renascer
Que fica a girar
No alto do penhasco de tantas tentativas
Lanço o pensar entre cordas
Galgando cada letra no bolero de rochas
Renovador...
Do dançar de palavras
Na acuidade do vento
Que sopra as cordas do momento
Saltitante ...
Um resmungue aqui outro acolá
Segura sem se deixar cair
Das mãos que foram somadas
No atiçar do companheiro amigo e irmão
Quanta ternura dos altos montes
Elos entendidos na planície verdejante
Do princípio do coração
Que não se faz de mudo
Solta palavras calientes
Chegando ao terno ouvidor
Diante de tantas escaladas
A caminhada galgou
Vencedor...
E ao topo chegou
Margarida Cabral