quarta-feira, 15 de setembro de 2021
Véu do tempo
Véu do tempo
Aspiro o floral das rosas
Nativas ...exalo o perfume no brotar da flor
Na fineza do canteiro
Que fica a se lumiar pelo candieiro
No desabrochar de cada flor
De pétalas brancas até azuis norteando a paz
Que está dentro de si
Na transparência do outro
Que se enche de gostos
Se deixando colorir por qualquer cor
Pra se fazer notar
Espalhando o amor
No véu do tempo
De tecidos finos a se evaporar
Nas tintas do ocaso colorido com pincéis
Chegando com a aquarela cambiante ao coração
Margarida Cabral
segunda-feira, 13 de setembro de 2021
Lago
Lago
Sinto pedras pela caminhada
Que deslizam pelas ruas
Que as vezes parecem nuas
Sem agasalho do dia e as vestes da noite
Se despindo de amor
Ao longo do lago a colorir o anoitecer
Citilando a água azul com a luz da lua
Restam gotas de esperança
A refletir na beira da estrada
Na estampa dos desejos e crença do coração
Abre-se um sorriso de contentamento
Da pisada do tempo
Que bate sem tormenta
No campo da espreita da alma
Que desencanto...
Do sublime caminhar
Dando espiritualidade ao viver
Margarida Cabral
domingo, 12 de setembro de 2021
Ensaio
Ensaio
Tranquilidade que sinto
Da transparência do rio
No trêmulo debruço do barco que faz ancorada
Das vestes molhadas ...
Que ficaram encharcadas com o desdém do tempo
Ensaio que dar continuidade ao livre pensar
De letras que se agregam as palavras
Dando explicações aos motivos
Do silêncio ...
Da lágrima que desliza sobre o rosto
Do não querer na realidade do momento
Desejo fantasiar o tempo com passadas aleatórias
De alegria... eufórica do deslize da ventania
Trapaças tento criar querendo um refúgio
De reflexão
Que tudo passa
A alegria volta
O retorno do sorriso a enfeitar o rosto
Que se encaramelou com risos verdadeiros
Fazendo o redemoinho do tempo acreditar que a vida é um ensaio de valores
E a cada dia só queremos é recomeçar
Margarida Cabral
quinta-feira, 9 de setembro de 2021
Recanto
Recanto
Manso tempo que me acompanha
Faz respirar
Ao vento
Tento
Colorir o céu com tintas verdadeiras
Que possam me fazer acreditar de alguma maneira
Na força de um ser maior
Que preencham frestas de anseios
No largo do peito
Que tem horas que fica até sem jeito
Com asilo da dor
Que se espalha como um dilúvio
Até enxergar a ternura da flor
Olho a estrada distante na rampa do meu pensar
Sinto sibilos... Deus ali está
Sacudindo a estrada do vento
Com tanta fé que volto a acreditar
No viver de cada momento
Trazendo melodias esperançosas
Do dia
Da noite que se pronúncia
Na relevância do ser
Que sente a esperança renascer
Deus comigo estar
Margarida Cabral
terça-feira, 7 de setembro de 2021
Amor
AMOR
Você é um amor
Amor de que
Que sopra ao ouvido
Que se guarda o tempo inteiro sem se mostrar
Segue caminhando entre ruas e ruelas até encontrar um cobertor
Que não cobrar só o rosto
Mas que envolva o corpo e a alma por completo
Ah! Você é um amor
Que encontrei num canteiro ou no jardim coberto de flor
Vejo a margem que desalinha o caminhar
Sentindo a água bater nos pés e molhar
De repente tenho vontade de mergulho neste rio
Como fosse de encontro aos teus braços
E me agasalhar
Continuei a caminhar e encontrei pelo caminho um beija-flor
Que beija tantas flores
E senti um desejo de beijar meu amor
Sentindo teu perfume feito um beija- flor
E espalhando o amor por onde andou
Amor de que
Que sopra ao ouvido
Que se guarda o tempo inteiro sem se mostrar
Segue caminhando entre ruas e ruelas até encontrar um cobertor
Que não cobrar só o rosto
Mas que envolva o corpo e a alma por completo
Ah! Você é um amor
Que encontrei num canteiro ou no jardim coberto de flor
Vejo a margem que desalinha o caminhar
Sentindo a água bater nos pés e molhar
De repente tenho vontade de mergulho neste rio
Como fosse de encontro aos teus braços
E me agasalhar
Continuei a caminhar e encontrei pelo caminho um beija-flor
Que beija tantas flores
E senti um desejo de beijar meu amor
Sentindo teu perfume feito um beija- flor
E espalhando o amor por onde andou
Margarida Cabral
segunda-feira, 6 de setembro de 2021
Vestes da gente
Vestes da gente
Temperando o dia com o calor do corpo
Nostálgico assoalho que impera leveza
No mudar de cores
Se distingue em sua nobreza
Das vestes brancas de ternura
No furtar de cor esperançoso
Desabrocha uma flor
Pra suavizar as vestes aderidas ao assoalho do corpo
Que aos poucos se solta
Dando evolução a liberdade
De ideias, fala e escuta
Vai se despindo a cada passagem
Das nuances que encontrou pelo caminho
Sem lástima ou delírio
Na solidez do conviver com as vestes que a gente quer
Seja de renda ou de chita
Valorizando o teu ser
Que se despi do que não quer
Se inteirando dos valores de libertação
Margarida Cabral
quarta-feira, 1 de setembro de 2021
Pedaços
Pedaços
O que me digo se fosse assim
Em diversas divisões
No agito de cada dia
Indo de encontro com a calmaria do amanhecer
Mas começa a se desgarrar em pequenos fragmentos
Pedaço de mim
Que afoga
Outra parte de mim
Devora
A outra parte de mim
Acalma
Uma parte de mim quer ver a lua
Sonhador
A outra parte é aventura
Desbravador
A outra parte que cala
Silêncio
A outra parte que falar
Coragem
Enfim todos os pedaços
Únicos
Margarida Cabral
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