sábado, 17 de outubro de 2020

Sereno


 Sereno

Ira do tempo 

Desfiladeiro...

Palavras...

Gestos diurnos chegando ao cume 

Atropelos ...

Inversão de olhares 

Apelos...

Do canto da sala

Do fundo  de quintal 

Ânimo...

Do colorido céu 

Feito nuvem de papel 

Sólido ...

Que não se desfaz 

No rolo da teia do tempo 

Se veste na fantasia do momento 

Segurança...

Que se arrasta pela rua 

Tropeço...

De corpo e alma 

A espera de um fio de  esperança 

Vestindo a rua com luzes de bonança 

Margarida Cabral  

quarta-feira, 7 de outubro de 2020

Aguardo

 Aguardo 

Teia da alma 

Canteiro reflexivo 

De vestes rasteiras 

No sápido  interior 

De olhares constantes 

Com sentido interativo 

Na vertente do caminho 

Enlace os gestos e costumes 

Imagine um círculo com todos os sabores 

Podendo sentir a liberdade sem dissabores 

Do caminhar pela rua

No casulo da casa 

Sem aflição

Poder sentir os pés no chão 

Com libertação 

 

Margarida Cabral 


terça-feira, 15 de setembro de 2020

Sentimentos


 Sentimentos


Claro da lua

De costa pra rua

Tento me esconder

Me visto de saudade

Das aglomerações vigentes

Que atropela o cotidiano

No cansaço que açoita o tempo

Sem determinação

Do respirar ao ar livre 

No acolhedor quintal 

Exuberante verde das folhagens

Em harmonia com o azul do céu

Onde a visita do sanhaçu se torna constante

Com seu sublime cantar

Me cativa a repensar...


Margarida Cabral

terça-feira, 1 de setembro de 2020

Riqueza do tempo



A riqueza do tempo se faz ordeiro
Sem esperar pelo vento
Num estalar de dedos se foi
Se encante com cada dia
Não se deixe esmorecer
Viva com autenticidade
Seja você
Não se deixe abater
Veja o brilho pelos ares
Sinta o deslumbre com a caminhada
Procure esquivar-se dos atropelos
Se jogue nos bons fluídos
Que interage  com teu ser
Na harmonia de esperança
No amparo da luz
No florescer de cada manhã
Acordando e sentindo a relva a teus pés

Margarida Cabral

quinta-feira, 27 de agosto de 2020

Realidade

Realidade

Orvalho da manhã  dispersa o nevoeiro
No canteiro do tempo
Que acompanha o movimento do vento
A atordoar os ouvidos
Neste balançar de reflexão
Dos costumes corriqueiros
A invadir nosso chão
De tantas pisadas devidas
E outras não
Girando como catavento
Segue teu rumo de vida
Sem dar-se  conta do que vai suceder
Visualizando as artimanhas
Do convívio incompleto
Sem omissão
Valorizando o íntimo do ser
De cara com uma nova roupagem Renovando o sonhado viver

Margarida Cabral

terça-feira, 25 de agosto de 2020

quinta-feira, 13 de agosto de 2020

Tempo cativo

Tempo cativo

Brilho do amanhecer
Da doce tarde
Do aconchego da noite
Olhar longínquo além da fronteira do coração
Do apaixonante
Que se espiou no espelho e nada balbuciou
Silêncio contido no resguardar da sombra
No caminhar com mansidão
Do cauteloso caminho
Se guiando no roteiro buscando um refúgio
Que enalteça a alegria do viver
Sem temer o encontro da encruzilhada
Segue na tênue estrada buscando o alvorecer

Margarida Cabral

Olhar interior