Aguardo no silêncio
Da mansidão
Dando trégua ao tempo
Na espera da explosão
Que pode ser de gestos
Da linguagem
Do espiar longínquo
Açoitando o vazio da estrada
De vez em quando dou uma olhada na encruzilhada
Querendo ver até uma miragem
No deserto da solidão
Mas a nuvem vem de passagem fazendo respingar no coração
Dando um brilho na caminhada
Margarida Cabral